Fátima Bernardes teve a missão de comandar o programa "Encontro" em homenagem a Paulo Gustavo, morto na última noite em decorrência de complicações da Covid-19. "Era pra ser um 'Encontro' feliz hoje, pra falar sobre o fenômeno Juliette, que venceu o "BBB 21", mas a vida nos surpreende para o bem e para o mal e hoje vamos abrir espaço para falar sobre esse gênio que é Paulo Gustavo", avisou. E lamentou: "Preciso dizer que essa é uma tarefa muito difícil. É muito difícil fazer um programa como esse. Mas ao mesmo tempo é muito injusto não fazer uma homenagem a uma pessoa que foi o que ele foi para todos os brasileiros".
Chorando e visivelmente abalada, Fátima assumiu: "Eu não acreditava que isso ia acontecer. Eu acreditava que ele ia sair disso com o lado de humor ainda mais forte por saber como o humor salvava as pessoas. Apesar dele ter passado 53 dias no hospital, eu não me preparei pra isso".
A apresentadora ainda lembrou como a partir dos pedidos da família do ator, fãs anônimos e famosos se uniram para pedir pela recuperação do artista. "Foi lindo ver como o país se uniu em oração pela recuperação dele. E a gente agora não tem que se revoltar por não ter acontecido o que a gente pediu. Nem sempre o que a gente pede é possível", afirmou.
Fátima garantiu que não esperava o desfecho triste: "Até a equipe médica dizer que era irreversível, a gente acreditava. Mesmo diante da informação de que ele tinha tido uma embolia gasosa, ninguém queria acreditar. Todo mundo tinha esperança e achava que ele ainda ia fazer graça disso tudo".
Para falar sobre a vida e a carreira de sucesso de Paulo Gustavo, Fátima Bernardes convidou Fábio Porchat, que iniciou sua carreira ao lado do humorista. Muito abalado, o apresentador recordou: "A gente era uma dupla no teatro, no início de nossas carreiras. O que foi ontem foi um pedaço meu também. Um pedaço da minha história, da minha vida. Eu to recebendo tanta mensagem de carinho que eu fico feliz de saber como as pessoas amam o Paulo. Ele era a mãe do Brasil, afinal de contas. E o Brasil não estava precisando de mais um golpe desse. São mais de 400 mil mortes dessa doença maldita. É duro a gente... Eu queria abraçar todo mundo [da família dele]. Não estou entendendo ainda o que está acontecendo".
Porchat contou que em um momento de desespero chegou a enviar uma mensagem a Paulo, através de Susana Garcia, médica e amiga pessoal do ator, que estava cuidando de perto da saúde do ator no hospital. "Ele lutou e ele lutou muito, com muita gente boa do lado dele. Mas a gente queria estar perto, pegar na mão, mas não tinha o que fazer. Chegou uma hora que eu mandei um áudio pra Susana pedindo pra ela mostrar pro Paulo, pedi pra ela: 'bota perto dele pra ele ouvir'. E ela falou: 'Não, Fábio, a gente tem que esperar porque todo sinal externo deixa ele nervoso, agitado'", detalhou.
E finalizou, entre lágrimas: "Ai, que difícil. Mas eu sinto que o legado dele continua. Os filmes ficam, o programa fica, o humor fica. Ele era a pessoa mais engraçada que eu já vi na minha vida! O Paulo tinha tanta coisa mais pra fazer... ele estava só começando".