Vários famosos reagiram à morte de Kathlen de Oliveira Romeu. A decoradora de 24 anos estava grávida e foi baleada na cabeça em confronto da PM com traficantes em acesso à comunidade Lins do Vasconcelos, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Kathlen chegou já sem vida a um hospital, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde. A morte da decoradora ocorreu um mês após ação policial na comunidade do Jacarezinho, também no Rio, que resultou em quase 30 óbitos.
Gleici Damasceno lamentou a morte de Kathlen: "Dor, tristeza, desolação...". Preta Gil afirmou não ter conseguido postar uma foto da decoradora e questionou: "Até quando vamos aguentar isso?". Jeniffer Nascimento lembrou que era seguida pela gestante e lembrou que a jovem teve sua família "destruída pelas atrocidades da violência". A morte de Kathlen lembra ainda a morte do menino João Pedro em 2020 também no Rio.
Taís Araujo também se posicionou e pediu justiça para a jovem. "As vidas de jovens pretos estão sendo constantemente interrompidas", escreveu a atriz. Marcos Veras fez um desabafo e apontou racismo. "Operações desastradas, desastrosas, tiros a esmo. Bala para tudo que é lado. Por todos os lados. Morre policial, morre inocente, morre criança, morre trabalhador e geralmente são negros. E a narrativa 'foi um caso isolado' se repete há pelo menos 41 anos. Minha idade. É uma tristeza diária. É racismo", escreveu ao compartilhar foto de ensaio de gravidez da decoradora.
Alvo de ataques na web e uma das famosas a protestar contra a morte do menino Miguel, que caiu de um prédio no Recife, Thelma Assis falou em "genocídio". "São tantas famílias dilaceradas, vidas ceifadas. Até quando?", questionou. Silvero Pereira classificou a ação da polícia de "irresponsável", e Cris Vianna perguntou: "quantos de nós ainda teremos que morrer para que a justiça da Terra desperte desse sono covarde e venha ao nosso socorro?".
"Até quando morar no Brasil será uma sentença de morte para os nossos?", indagou Maria Casadevall . "Mulher, preta, periférica e grávida. É mais um corpo preto que eles matam. Até quando isso vai continuar!?", postou Samara Felippo. "Uma notícia que se repete com tanta frequência que dá náusea. Inocentes. Pretos. Mortos. Operação policial. O Estado brasileiro não está em guerra contra as drogas. Está, desde sua formação, servindo ao extermínio da população preta e periférica. Não dá mais pra fingir que não", bradou Ícaro Silva.