Vencedora do "BBB20", Thelma Assis se pronunciou em rede social após a morte do menino Miguel Otávio Santana da Silva, de 5 anos. A criança caiu do 9º andar de um prédio residencial ao acompanhar a mãe em dia de trabalho no centro de Recife, nesta terça-feira (2). A patroa da doméstica, mãe de Miguel, foi presa em flagrante, mas liberada em seguida ao pagar R$ 20 mil, diz o site "G1". "Vale R$ 20 mil, a dor de uma mãe que nunca mais verá seu filho?", questionou Thelma. No dia da morte de Miguel, vários famosos haviam abraçado uma luta antirracista no movimento "Blackout Tuesday".
Na sequência do post em seu Twitter, a vencedora do "BBB" criticou a não identificação da patroa da doméstica Mirtes Renata, mãe de Miguel. "A carne mais barata do mercado é a negra. Expor a funcionária ao vírus (coronavírus), expor o filho dela à morte, mas não expor seu rosto à sociedade. Revoltante!", bradou. "Justiça por Miguel", pediu Thelma, alvo de comentários racistas na web, compartilhando ainda uma foto do menino em sua última festa de aniversário. O caso do menino lembra a morte do estudante João Pedro no Rio de Janeiro durante ação policial, fato que levou Ludmilla a protestar.
Namorado de Fátima Bernardes, Túlio Gadêlha também reagiu pela morte de Miguel. "A patroa, que teve a identificação preservada pela Polícia, vai ser indiciada por homicídio culposo, ou seja, quando não há intenção de matar", escreveu o deputado federal, que recentemente lamentou a morte da avó. O cantor Kevin O Chris classificou a tragédia como "revoltante" e divulgou em seu Twitter uma petição. O post foi retuitado por Maisa Silva, que também pediu justiça para Miguel. No começo da quarentena, a apresentadora do SBT lamentou ato racista contra seu pai.
Mãe de Miguel, Mirtes teve a companhia do filho em dia de trabalho em um edifício conhecido como "Torres Gêmeas" no centro da capital pernambucana. A morte do menino ocorreu por volta das 13h após uma queda do nono andar - cerca de 35 metros -; a doméstica trabalhava no quinto andar. Imagens de câmeras de segurança mostram Miguel dentro de um elevador acionando vários botões. Segundo o perito criminal André Amaral, ele procurava pela mãe e foram encontrados vestígios da passagem do garoto perto da casa de máquinas do edifício. A queda ocorreu após a quarta aleta de uma grade de alumínio quebrar. Ao "NE1", jornal local da Globo, a mãe de Miguel afirmou que deixou o filho sob os cuidados dos patrões ao sair para passear com o cachorro da família deles. E que trabalhava para o prefeito de Tamandaré, Sérgio Hacker, e para a mulher dele, Sair Corte Real.