A disputa pela autoria da música "Ai, se eu te pego", interpretada por Michel Teló, está longe de chegar ao fim. Agora, as estudantes paraibanas Marcella Quinho Ramalho, Maria Eduarda Lucena dos Santos e Amanda Borba Cavalcanti de Queiroga querem tirar de Sharon Acioly o direito de ser uma das autoras da canção e desejam inserir o nome delas. Segundo as estudantes, elas criaram o sucesso durante uma viagem para a Disney.
Segundo informações do jornal "Extra", nesta quinta-feira (4) o advogado Jonas Lopes de Carvalho Neto, que representa Sharon, vai à Paraíba, onde o processo está sendo julgado, para tentar agilizar a ação. Devido a discussão, a Justiça bloqueou a arrecadação da música, que já chega a R$ 10 milhões.
O advogado promete mover uma ação contra a empresa de Michel Teló para que o escritório do cantor faça uma prestação de contas da arrecadação de "Ai, se eu te pego". De acordo com Jonas Lopes, até hoje, Sharon só recebeu R$ 100 mil de todo o valor que a música arrecadou.
Entre os prêmios recebidos por Michel Teló pela música, está o Billboard Music Awards 2013, que aconteceu em Las Vegas, em maio. A canção levou a melhor entre os artistas que se destacaram na indústria musical no último ano na categoria música latina (Latin Song).
O prêmio foi o terceiro do ano e o sétimo da carreira por causa da música, lançada em 2011. Em abril, o cantor venceu em duas das sete categorias nas quais concorria no Billboard Latin Music Awards, em Miami, com Melhor Música do Ano e Melhor Música Pop. Os primeiros prêmios foram no ano do lançamento, Melhores do Movimento Country, na categoria Hit do Ano, e Billboard Brasil, na Canção do Ano. Em 2012, vieram mais dois: Melhores do Ano do "Domingão do Faustão", com Música do Ano, e o MTV TRL Awards, com Best Tormentone.
Entenda o caso
As três amigas Karine Vinagre, Amanda Cruz e Aline Medeiros são consideradas as autoras da música, interpretada por Michel Teló. Junto com elas, Sharon Aciolly e Antônio Dyggs, responsáveis por aperfeiçoar a canção, integram o quinteto de compositores. Eles fizeram a música numa brincadeira no palco do Axé Moi, em Porto Seguro, de acordo com Sharon, que afirmou que, originalmente, fizeram no ritmo de funk e, depois, Teló e Dyggs colocaram a canção em ritmo sertanejo.
Em maio, os recursos interpostos pelas estudantes foram negados e o dinheiro continua bloqueado. As amigas já haviam sido, no início de 2012, reconhecidas como coautoras da música com registro no ECAD, órgão responsável pela arrecadação e distribuição dos direitos autorais das músicas aos seus autores.
Porém, em março de 2012, Marcela Ramalho, Amanda Queiroga e Maria Eduarda Lucena, que querem tirar de Sharon o direito de autoria, iniciaram uma ação reivindicando reconhecimento como coautoras do sucesso. Elas afirmam que sete meninas no total participaram da produção intelectual da primeira versão que gerou o hit. No entanto, de acordo com o advogado, a sétima menina, chamada Thayná Braga, já teria apresentado um documento no qual reconhece Karine Vinagre, Amanda Cruz e Aline Medeiros como únicas compositoras.