Com uma carreira respeitada no teatro, TV e cinema, João Côrtes aguarda com ansiedade a estreia da série "Rio Connection", onde interpreta o Alberto. A produção reúne atores de diversos países e é estrelada por Marina Ruy Barbosa, em um papel ousado. Essa reunião de várias línguas foi um estímulo a mais para o multifacetado artista, conta ao Purepeople o ator, dublador, roteirista...e que ainda é lembrado por aparecer em comercial de operadora de telefonia.
"Falando especificamente por mim, não acredito ter sido um desafio a mais. Pelo contrário, o fato de poder contracenar com atores de culturas tão diferentes só me deixou ainda mais entusiasmado para estar em cena", afirma. "Poder ter a oportunidade de trocar e aprender com cada um desses atores foi uma experiência indescritível. Todos extremamente habilidosos e com muito talento e potência em suas performances. Acho que só engrandeceu o projeto", reforça.
Para João, Alberto é um de seus melhores personagens e no processo de compor o diploma a troca de ideias com o diretor Mauro Lima foi de extrema importância. "Troquei muito com ele a respeito do que já imaginava do personagem, me passou algumas referências que me ajudaram muito a entender o caminho. Uma das principais foi o personagem do Sean Penn em "Carlito's Way". Fora isso, trabalhei bastante junto com o Thiago Felix, preparador da série, que foi fundamental pra me ajudar a mergulhar naquele universo", explica.
Além disso, o estudo de arquétipos e o de animais aliado aos detalhes indicados no roteiro fecharam o composição de Alberto, um típico bon-vivant. E para quem torce por muitas cenas e um relação mais íntima entre os dois ruivos, ele e Marina, uma certa decepção. "Meu personagem não tinha muita conexão com o personagem da Marina. Tivemos duas ou três cenas juntos, chegamos a contracenar, mas não existia uma relação direta entre os dois no roteiro, são núcleos diferentes", antecipa.
Com trabalhos no Multishow, Globo e HBO, o artista revelado na série "Três Teresas", que será exibida na TV Cultura dez anos após ir ao ar no GNT, João comemora o leque maior de oportunidades de trabalho com a chegada do streaming, apesar de ainda atingir uma parte da população. "Acho que é um processo, né? Leva tempo. O Brasil tem uma fundação cultural muito forte de telenovela. Está no nosso DNA. Foram anos e anos e anos construindo esse público da TV aberta, e durante muito tempo não haviam outras plataformas de conteúdo disponíveis", analisa
"O streaming é algo extremamente recente e inovador. E é fantástico. Está revolucionando a indústria e criando milhares de novas oportunidades, não só para atores, mas para todos que trabalham com audiovisual, em qualquer setor. Acredito que, aos poucos, o público vai entendendo que o streaming veio pra ficar e que tem coisa muito boa sendo feita no nosso país que vale a pena assistir", reflete.
Quando questionado se tem algum tipo de personagem que ainda não deu vida, a típica pergunta de 1 milhão de reais, o artista não sabe indicar um tipo específico, porém é enfático ao analisar primeira década à frente das câmeras ou nos palcos do teatro. " Engraçado que, por mais que eu já tenha 10 anos de carreira, ainda me sinto só arranhando a superfície do meu potencial como ator. Tem muita coisa que eu quero fazer, muitas histórias que quero contar. Inúmeras", aponta.
E para chegar ao seu objetivo, João tem uma certeza: " Quero trabalhar muito ainda, em todas as plataformas. Não me limito a nada. Se tiver bons personagens, alta qualidade artística e as pessoas certas envolvidas, não tem porque não fazer".