A vilania de Sophia (Marieta Severo) em "O Outro Lado do Paraíso" traz consequências para sua intérprete: em conversa com o Purepeople, a intérprete da antagonista, cuja próxima vítima será Mariano (Juliano Cazarré) explica que fica sentida com as cenas de assassinato a tesouradas. "São pesadas. Mas, estou acostumando", brinca a atriz, acrescentando: "A primeira foi horrível, fiquei completamente imobilizada. O dia foi horrível e lembro de cada segundo. Tento dar o máximo de veracidade a tudo e eu sou pequena, sou magra".
Desde o começo da trama, Marieta também tem sofrido com os diálogos maldosos da vilã com a filha Estela (Juliana Caldas), que vai subir ao altar com Amaro (Pedro Carvalho). "Me custa mais as cenas com a Juliana. Aí ainda é pesado. Hoje fiz duas cenas com ela bem cruéis e é doloroso para mim", caracteriza Marieta. Satisfeita com a repercussão da trama, ela conta escutar comparações da atual personagem com a icônica protagonista de "A Grande Família". "Quem diria que eu tão frágil estaria matando homens tão grandes. Tesouras poderosas (risos). É muito bom quando o trabalho tem uma repercussão boa. Trabalhamos para nos comunicar e causar emoções das mais variadas, mesmo que seja a raiva e o ódio. Basicamente é isso. Ter um personagem com essa força é ótimo. Tenho escutado: 'Nossa, Dona Nenê, como você está má' (risos). Isso era no início, agora é como estou má, que estão com ódio de mim", afirma.
Com 71 anos e uma dieta sem fritura e farinha branca, Marieta explica que tem planos de cortar os fios quando se despedir da vilã, cujos herdeiros, Gael (Sérgio Guizé) e Lívia (Grazi Massafera) vão se unir para provar um crime dela. "Eu não seguro esse look (risos). Só a Sophia que é ridícula. Com essa idade e esse cabelo... Quando eu comecei a novela só andava de cabelo preso, até que fui ver a peça da minha filha e soltei, me acostumei. E sempre mais curto. Mais jovem já tive esse cabelão, agora não dá", argumenta a veterana, acrescentando: "Mas, o cabelinho preto também não dá porque fico uma bruxa (risos)".
(Apuração de Patrick Dias e texto de Marilise Gomes)