Só dois capítulos de "Geração Brasil" foram ao ar e não faltam elogios para Dorothy Benson (Luís Miranda) nas redes sociais. O que poucos sabem, na trama, é que a mãe de Brian (Lázaro Ramos) é um transgênero, que na verdade é pai do guro. Em conversa com o Purepeople, Luís fala das insipirações que compõem a personagem, que é baseada na Sheila do espetáculo teatral "Terça Insana" - outra criação do ator, e promete muitas surpresas.
Quem vê a elegância e feminilidade da Dorothy que vive na Califórnia não imagina que ela nasceu homem, em terras brasileiras, e foi batizada Dorival. Ele foi casado com Wilhemina Benson, uma jogadora de basquete, com quem teve Brian, porém marido e mulher trocaram de sexo. Atualmente ela é madrinha e confidente de Pamela Parker-Marra (Cláudia Abreu), atriz hollywoodiana que ajudou a criar por ter sido muito amiga de sua mãe, também brasileira e já falecida.
Luís garante que a intenção da personagem não é polemizar: "A proposta da Dorothy é ser humana. Se ela vai trazer humor ou polêmica, isso vai ser inerente ao que ela construir. O que eu acho mais importante não é especificamente o resultado, mas entretenimento e alegria. Acho que ela vem para trazer alegria de maneira suave e gostosa para a casa dos telespectadores", e faz mistério sobre o desenrolar da trama. "A cada capítulo uma surpresa".
Apesar de ter uma nova história no folhetim, muitas características de Dorothy vêm da carreira teatral do ator. "Ela é o resultado de um trabalho bacana que é a Sheila, que eu criei no espetáculo 'Terça Insana' e tem milhões de views no mundo inteiro. É muito divertido agora poder trazê-la para a televisão", conta.
E se Dorothy vem da Sheila, a francesa também tem suas musas inspiradoras. "Tem um pouco da Fernanda (Montenegro), da Beatriz Segall em 'Vale Tudo'... Ah, tem um pouco de tudo, né? (risos). Tenho observado muitas mulheres e visto bastante coisa. Mas acho que não há experiência melhor do que a prática: você botar um salto alto, jogar um cílio na cara", brinca Luís.
Habituado com o figurino e postura da personagem há muitos anos, ele conta que tem um trunfo: "O balé ajudou a me manter em cima do salto". E explica que adaptou também a forma como a personagem se mostra na novela. "O horário das sete é mais leve, então, além de chique ela precisa ter leveza e ser divertida", afirma o ator.
(Por Samyta Nunes)