Junior Lima, ansioso com a chegada do primeiro filho, Otto, fruto do seu casamento com a designer de joias Monica Benini, retomou a agenda de shows com a banda Manimal após ficar 4 anos afastado dos palcos, desde maio de 2017. O músico conta com a parceria do DJ Julio Torres e nesta sexta-feira (22) estreou com a banda no Rock in Rio, no palco Eletrônica. "A apresentação foi incrível! Quando subimos ao palco, sentimos o público um pouco distante, mas logo que começamos nosso show a energia mudou e percebemos que todos ali estavam na mesma sintonia, participando e curtindo todo o setlist. Com certeza foi uma das noites mais marcantes para o Manimal", disse o cantor, que nos tempos da escola foi alvo de bullying e admitiu já ter sofrido síndrome do Pãnico. "Nosso som tem qualidade internacional. Somos a cara de Ibiza. Um dia ainda volto ao palco principal da Cidade do Rock. A música eletrônica será o novo pop, é questão de tempo", desafiou Junior Lima.
Mesmo após 10 anos do término da parceria com Sandy, Junior ainda é muito lembrado pela dupla que formava com a irmã e confessou que aproveita dessa experiência para se aprimorar como músico: "Tenho plena consciência que Sandy & Jr. durou 17 anos. Foi um negócio muito intenso, com proporções enormes. Sandy & Jr. é meu maior concorrente. É algo que me motiva a tentar melhorar e fazer coisas diferentes. Porque essas coisas me colocam para frente." Entre as influências musicais, o músico listou: "Sou fã de Led Zeppelin, Beatles e Jimi Hendrix, e escuto até Elza Soares."
O irmão de Sandy faz terapia há 12 anos para lidar melhor com a vida e declarou que o seu período na escola não foi fácil. "Eu sofria bullying por tudo: eu tinha o cabelo arrepiado, então era o cabelo, era porque eu era famoso, porque eu era o filho do sertanejo. O sertanejo não tinha o status que tem hoje em dia. Então houve um período da minha vida que eu tive que aprender a andar fingindo que não estava ouvindo, me fingindo de surdo no colégio. Tive que superar esse isso tipo de coisa muito cedo". O cantor ainda complementou: "Eu sofria muito bullying e eu fazia bullying. O gordinho eu chamava de gordinho quando eu era moleque. Eu não fui só vitima, eu também fiz muito. Você cresce nessa ambiente. Se você for diferente você vai ser o coitadinho, então você dar um jeito de ser 'malandrão' também".
(Por Helena Marques)