À espera do primeiro filho com Mônica Benini, Junior Lima voltou no tempo e falou abertamente sobre os rumores que se espalharam no passado sobre sua sexualidade. "Demorou para eu entender que isso era uma armadilha que eu caia, porque quando se começou a falar de homofobia, na época eu era bem novo, eu pensava: 'eu não sou homofóbico, tenho um monte de amigo que é gay e nunca tive problema'. Mas quando me chamavam de gay, no fundo me incomodava. Eu fingia que não, mas ficava, sim", disse ele em um vídeo do canal do Youtube do cineasta Fernando Grostein, irmão de Luciano Huck.
Junior, no entanto, aprendeu a lidar com os comentários maldosos. "Chega uma hora que você se conhece melhor e percebe que não precisa provar nada para ninguém. Vivemos numa sociedade machista onde o premiado é aquele que pega um monte de mulher. A tendência é você crescer com uma cabeça machista", afirmou ele, que quer privacidade após o nascimento do filho.
De volta à agenda de shows após 4 anos longe dos palcos, o músico confessa que já sofreu com a síndrome do pânico: "Sou muito bem resolvido mas tudo tem seu preço. Foram longas horas de terapia e crises de pânico".
Antiga paixão platônica de Sasha Meneghel, o artista relembrou a época de escola."Eu sofria bullying por tudo: eu tinha o cabelo arrepiado, então era o cabelo, era porque eu era famoso, porque eu era o filho do sertanejo. O sertanejo não tinha o status que tem hoje em dia. Então houve um período da minha vida que eu tive que aprender a andar fingindo que não estava ouvindo, me fingindo de surdo no colégio. Tive que superar esse isso tipo de coisa muito cedo", contou ele, que completou: "Eu sofria muito bullying e eu fazia bullying. O gordinho eu chamava de gordinho quando eu era moleque. Eu não fui só vitima, eu também fiz muito. Você cresce nessa ambiente. Se você for diferente você vai ser o coitadinho, então você dar um jeito de ser 'malandrão' também".
(Por Vanessa Nogueira)