Em "A Força do Querer", Bibi é a protagonista que simboliza o amor, por sua paixão e pela intensidade dos sentimentos em relação aos que estão ao seu redor. Mas, na vida real, sua intérprete, Juliana Paes, se considera mais racional. "Eu acho muito doidas essas cenas que o pessoal fica chorando, se arrasta na parede, nunca tive isso. 'Ah, não quer não? Terminou? Beijo'", brinca a atriz, responsável por idealizar o choker usado pela personagem.
Casada há treze anos com o empresário Carlos Eduardo Baptista e mãe de Antonio, de 3 anos, e de Pedro, de 6, Juliana se diverte ao lembrar a única vez que chorou por causa de um término. "Eu nunca tive isso, acho que teve uma pessoa que eu terminei, dei uma choradinha dirigindo assim. Eu nunca arrastei muita corrente por relacionamento, e não estou querendo me gabar: acho lindo quem sofre de amor, mas nunca aconteceu comigo", avalia a artista, que se diverte com os apelidos bem-humorados dados pelo público para a mulher de Rubinho (Emílio Dantas).
Questionada se conseguiria agir como a universitária, que assume o lugar do marido no crime e fica poderosa e deslumbrada com o novo universo, Juliana descarta de imediato ter uma relação tal como a do casal. "Acho que não, para mim vale a pena estar num relacionamento que você durma tranquilo. Eu concordo muito com as falas de Aurora, são muito o que eu penso, apesar de viver a outra ponta. Eu não acho, para mim o que vale é você estar em paz com a sua própria consciência. Só estando em paz com seus próprios princípios que você pode estar inteiro numa relação. Imagina: 'eu matei por você eu roubei por você, fui mau caráter por você'. Que tipo de cobrança isso gera? Isso é impossível para mim, mas tem muita gente vivendo assim, as esposas dos políticos, gente... Não sei como é isso não (risos). Essa realidade é algo que eu não sei se viveria", opinou a atriz.
(Por Marilise Gomes)