A Globo demitiu Cecília Flesch após supostas críticas da jornalista, que revelou ainda apelido do canal de notícias, "RivoNews". Então apresentadora do "Em Ponto", a profissional estava há 17 anos na emissora paga. A saída de Cecília é outra baixa no Grupo Globo em 2023 e se soma a nomes como Cleber Machado, Flavia Januzzi e Fernanda Gentil.
Em seu Twitter, Cecília se manifestou. "Sei que aqui é conhecido como a rede do ódio, mas está atípico para mim, hein? Muito carinho rolando. Mas ó: eu não falei mal do meu (ex) local de trabalho, ok?", afirmou a jornalista, a ser substituída por Mônica Waldvogel e Tiago Eltz no telejornal matinal. Cecília esclareceu ainda não ter sido ela quem apelidou a GloboNews de "RivoNews", um trocadilho o medicamento Rivotril.
"Eu falo que a gente lida com muita notícia difícil e pesada. A gente é obrigado a se medicar, não é? E isso é uma brincadeira interna e antiga. Todo mundo tem seu ansiolítico naquela redação: ou é o remédio, o cigarro, o chocolate...", listou, pedindo para os internautas escutarem a sua entrevista ao "É Noia Minha?", em abril.
Depoimentos em podcast também podem ter contribuído para a demissão de Dudu Camargo do SBT após quase sete anos. O ex-apresentador do "Primeiro Impacto" já se pronunciou e agora pode ir parar em um reality show.
No bate-papo, Cecília teria feito críticas duras ao canal de notícias e citado a pouca variedade de pauta ao longo do dia. "Tá um saco. Só tem política e economia, economia e política, política e economia (...) É um saco", disse. "A gente chama de 'RivoNews'. Não tem como fugir da realidade. E como a gente foge da realidade? Se medicando", completou.
Em outro momento, entregou uma curiosidade: "Se vocês já me viram fazendo uma pergunta no jornal, eu estava jogando 'TwoDots' dois segundos antes". Cecília também reprovou o fato de antes do "Em Ponto" ficar de "stand by" para outros apresentadores, o que estaria lhe desgastando.
"Eu pedi para ter uma rotina para os meus chefes. Eles falaram: 'Agora vou te dar uma rotina. Agora você vai começar às 3h'", entregou aos risos. E ainda comparou as redações de Rio e São Paulo. "Foram 16 anos na redação no Rio de Janeiro, onde a cada cinco palavras, três são palavrões. Aqui (São Paulo) as pessoas são mais sérias, mais caladas, e tudo bem", ponderou.