A cantora Iza é sinônimo de empoderamento e representatividade e sua importância no cenário mundial foi notada pela revista norte-americana "TIME". A carioca foi eleita uma das "Líderes da Próxima Geração" pela publicação e comentou seu envolvimento com a questão da desigualdade racial. "Não falo sobre racismo porque é um assunto de que gosto muito. Falo sobre isso porque é necessário", indicou.
Aos 30 anos, ela sempre manifesta nas redes sociais sobre a pauta e defende a busca por uma sociedade mais igualitária e justa. "Eu realmente acredito que nosso microfone é uma arma e precisa ser usado com sabedoria, não só para conseguir nossas realizações pessoais, não só para pagar contas ou fazer as pessoas dançarem, mas também para fazer as pessoas aprenderem", afirmou a cantora.
A artista também contou que, apesar de sempre ter recebido apoio de casa, sentia a discriminação desde a infância. "Minha mãe sempre me falou que meu lugar era onde eu quisesse, mas, tristemente, a gente não teve a estimulação visual necessária para entender que a gente pode ser médicos se quisermos, nos podemos ter um phD, dirigir um filme, ser modelo...", apontou Iza, revelada ao mundo artístico em dimensão nacional a cerca de cinco anos.
Com parcerias internacionais no currículo, com Ciara e Maejor, ela adicionou: "Infelizmente, essa é a realidade de pessoas negras no mundo em todo o mundo. A gente tem que falar uns com os outros, ajudar e inspirar uns aos outros. É o que tento fazer com a minha arte". Confira trechos da entrevista em vídeo abaixo!
Referência no telejornalismo, Gloria Maria é mãe de Laura e Maria, de 11 e 12 anos. Anteriormente, contou mais a criação das herdeiras. "É inevitável que elas vão sofrer preconceito. Eu não fui preparada para sofrer o preconceito e sofri porque minha família não tinha cultura para isso. Hoje preparo as minhas filhas para enfrentarem o preconceito. Elas estudam, pesquisam, viajam, sabem que tem o mundo branco e o mundo preto", afirmou.
A apresentadora do "Globo Repórter" apontou que, ainda hoje, as meninas percebem uma desigualdade racial quando vão para as aulas. "Elas estudam em escolas de elite. Em uma delas, a minha é uma das poucas negras, na outra existe um programa de inclusão racial", contou a global.