Regina Duarte ficou de fora do especial "Tributo" ao autor Manoel Carlos , que a Globo exibiu na última sexta-feira (3). Hoje aposentado, aos 91 anos, com doença sem cura, e após perder três dos cinco filhos, Maneco viu a atriz interpretar por três vezes uma Helena em suas novelas, sendo dessa forma a recordista. Primeiro em "História de Amor" (1995 e recém-reprisada no Viva), depois em "Por Amor" (1997) e, por fim, em "Páginas da Vida"(2006).
Com relação abalada com a Globo desde que assumiu de maneira relâmpago um cargo na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, a eterna namoradinha do Brasil foi defendida pela filha, Gabriela Duarte, no Stories do Instagram, neste sábado, por não ter sido chamada para um depoimento em homenagem a Maneco, que se afastou de uma novela após tragédia envolvendo ator.
As duas contracenaram em "Por Amor", levando para a ficção o mesmo grau de sangue da vida real. "Você que me segue aqui, assistiu ao 'Tributo' ao Manoel Carlos? É maravilhoso!!! Mas...", legendou em uma das telas, acrescentando uma crítica do jornalista Jeff Benício, do portal Terra.
Em três prints, Gabriela compartilhou parte da opinião do crítico sobre a ausência da mãe no especial. "Sempre se dizendo autônoma e imparcial, a Globo precisa se colocar acima da sórdida cultura do cancelamento", escreveu ele ao defender Regina, crítica de matéria do "Jornal Nacional" a respeito dos 100 primeiros dias da terceira gestão do governo Lula.
Ainda em sua coluna, Benício classificou Regina como uma das atrizes a fazer da Globo referência em teledramaturgia. "A Globo parece agir com desprezo pela atriz que ajudou sua dramaturgia a se tornar imbatível no país e uma das melhores do planeta", opinou.
"O canal não era obrigado a convidá-la para gravar um depoimento inédito (também não chamou Vera Fischer, outra Helena espetacular), porém, tal atitude configura um desrespeito à atriz, à história que ela e a TV construíram juntos, ao autor celebrado e ao público das novelas", prosseguiu citando a Helena de "Laços de Família" (2000).