Gisele Bündchen participou do "Conversa com Bial" nesta sexta-feira (9) para promover o livro, "Aprendizados: Minha Caminhada Para Uma Vida com Mais Significado". Na obra, a modelo relata momentos importantes da carreira e a síndrome do pânico que enfrentou aos 23 anos. A übermodel disse que superou a doença com ajuda da ioga após dispensar remédios indicados por um psiquiatra. "Nessa busca, encontrei a ioga. Uma professora me sugeriu uma técnica de respiração - que não é exercício, é uma filosofia. Em três meses, nunca mais senti um ataque de pânico e nunca mais deixei de fazer ioga", afirmou. Criada católica, Gisele disse que acredita em Deus, mas sua religião é o "amor": "O meu Deus sempre está comigo. A natureza me lembra dele o tempo todo".
Assim como Bruna Marquezine, Gisele disse que sofreu com comentários negativos em relação à sua aparência: "Na minha frente falavam coisas sobre a minha aparência física que me machucavam. Eu não tinha como controlar o que as pessoas iam falar, mas tinha que ver como ia reagir a essas palavras. Então, decidi que ia ser 'ela'. Quando retirei 'ela' de mim, consegui falar como se fosse uma tela em branco que os estilistas iam projetar o que eles queriam fazer e não tomar aquilo pra mim".
A mulher de Tom Brady, com quem está casada há 9 anos, decidiu procurar ajuda após se sentir sufocada quando fazia uma massagem em seu apartamento. "Não conseguia respirar", lembrou. A modelo, porém, relutou em compartilhar o sofrimento com a família ou amigos: "Nunca quis falar com meus pais ou com as pessoas. Achava que ninguém ia entender, que as pessoas pensavam que eu tinha tudo resolvido na vida. Foi horrível esse momento". "Foi muito difícil quando o médico disse que eu tinha que tomar esse remédio todo dia. Só de pensar que tinha que ser dependente de alguma coisa, fiquei mais ansiosa ainda", lembrou.
(Por Tatiana Mariano)