Giovanna Rispoli vem colecionando uma série de papéis marcantes desde 2014 quando estreou na TV na novela "Em Família" e se destacou como a vilãzinha Claudia de "Boogie Oogie". Atualmente, a atriz de 19 anos debuta na Netflix na série adolescente "Temporada de Verão", que reúne ainda Gabz. Na produção, a artista dá vida à tagarela porém insegura Helena no Hotel Maresia, localizado em uma praia paradisíaca.
Ao Purepeople, Giovanna se diz mais racional e calma que sua nova personagem. "Ela é o tipo de pessoa que fala sem pensar, que age muito pelo calor do momento, já a Giovanna pensa muito antes de tomar decisões. A Helena também tem uma energia num nível muito mais alto que o meu, tá sempre no 220v (risos), eu sou mais calma, mais tranquila", compara.
"E essa sede de querer agarrar o mundo acaba fazendo com que ela não respeite seu próprio tempo. A Marília (Cynthia Senek), por ser sua amiga mais próxima, em algumas cenas 'dá umas duras' na Helena, falando que ela precisa acordar para vida real", reforça a respeito da personagem que encontra no hotel uma maneira de passar por algumas experiências.
Segundo Giovanna, já vítima de assédio na web, o fato de desde criança ser uma pessoa conhecida a impediu de passar por algumas experiências. "Na minha adolescência, abri mão de várias vivências. Meus pais sempre foram superprotetores nesse sentido, pois queriam que eu tivesse a responsabilidade de cuidar da minha imagem. Em meados dos meus 17 anos comecei a conseguir aproveitar mais minha fase adolescente e hoje em dia, perto dos 20, posso dizer que já consegui viver a maioria das experiências que antes não tive a chance", explica.
E ainda ainda ter passado por uma fase de insegurança. "Tive bastante! Acho que cada vez é mais difícil a gente crescer sem se comparar, principalmente entre as mulheres. Sempre fui muito pequena, com pouco seio, pouco bumbum, e isso mexeu bastante comigo durante um tempo. Tive épocas da adolescência que ia para a praia de blusa (risos), por conta dessa vergonha de não ter 'corpo de mulher', não me encaixar na linha 'gostosona'", recorda.
"Hoje enxergo como isso é problemático e faz parte do sistema patriarcal, em que as mulheres ficam se comparando entre si e tentando chegar num padrão inalcançável. Óbvio que ser mais segura em relação a isso não significa que eu não tenha meus problemas de autoestima e ainda considere fazer alguns procedimentos estéticos", prossegue Giovanna.
"Até porque isso também virou um outro patamar, se comparar com pessoas que tem muitos procedimentos leva essa suposta 'competição' a outro nível, que você só vai atingir através desses intervenções estéticas. Espero ainda me sentir segura a ponto de nem cogitar mexer em nada na minha aparência, mas sei que é um processo", frisa a paulistana, que ao site já mostrou a habilidade na patinação.
Em relação às gravações realizadas durante a pandemia exigiram vários protocolos, porém foram marcados por momentos divertidos, segundo Giovanna. "O ator em sua essência precisa desse contato através do toque, do corpo, da troca intensa com os outros atores, o que faz com que seja difícil se adaptar às normas de distanciamento, da necessidade constante de máscara, etc, isso com certeza foi o maior desafio para mim", conta
"(Por outro lado) nos fez intensificar ao máximo a nossa relação como elenco. Por estarmos todos fora da cidade em que morávamos e por não podermos ter contato com nenhuma pessoa de fora da série, isso acabou fazendo com que ficássemos muito próximos, realmente formando uma família. Acho que isso é uma das coisas mais bonitas da série, a gente não precisou criar uma relação de grupo pois ela já existia, estávamos todos vibrando na mesma energia", conclui.