Eliana abriu o jogo sobre a maternidade. Em conversa com Thais Fersoza no YouTube, a apresentadora falou sobre a diferença na criação dos filhos. "Eu ficava preocupada com todos os detalhes. Não podia atrasar 1 minuto, queria muita perfeição, isso me deixava exausta! Flexibilizar no primeiro filho era um sacrifício. Por exemplo, fazer uma viagem e não ficar segura que ia ter comidinha orgânica... Eu levava uma mala com legumes, processador. Eu cozinhava arroz no quarto [do hotel]! Os legumes, peixinhos no vapor. Tudo ficava com aquele gostinho delícia e saudável, tudo orgânico. Eu me lembro da minha mãe fazendo sopas para mim. Minha mãe não comprava, a gente não tinha condição. Tenho essa imagem na cabeça! O que eu não abri mão nas gestações, eles não comeram doce até 2 anos de idade. Independente da criação. Sei que vai fazer mal", afirmou.
Após relembrar aborto durante a conversa, Eliana contou seu maior arrependimento até hoje. "A vida foi me mostrando que meu trabalho me realizava muito. Na nossa geração, a realização profissional vem primeiro. Depois que você tem certa tranquilidade financeira, uma realização profissional, depois você pensa a ter filho. Comigo foi exatamente assim. Minha vida foi caminhando para esse lado. Veio o Arthur e a Manu. Me perguntam sobre o que eu me arrependo nessa trajetória, antes eu não tinha parado para pensar... Eu poderia ter tido mais filhos. Se eu tivesse pensado na maternidade um pouquinho mais cedo. Queria estar com um monte de criança correndo em casa! Pelo menos uns 4 [filhos] estava bom!", disse.
Conhecida por ter um cuidado minucioso sobre cada detalhe de sua carreira, uma das mais sólidas da TV, Eliana comentou a transição de público, quando deixou de fazer programas infantis: "É importante saber a hora de parar. Foi desafiador entender que minha missão já tinha sido feita, sair no auge, e me reinventar como comunicadora para a família brasileira. Foi muito tempo de terapia e fonoaudióloga, para poder me revelar como mulher frente ao público, que estava acostumado a me ver com roupas coloridas e voltada para o universo infantil. Sentia uma necessidade interna disso acontecer, existia um amadurecimento muito grande que não estava sendo aproveitado no trabalho. Veio junto com o mercado, com uma TV que estava mudando. Foi orgânico. Sempre acho que temos que abraçar as oportunidades na hora certa".
(Por Patrícia Dias)