O filho de Eduardo Coutinho, Daniel Coutinho, confirmou ao juiz Fábio Uchôa ter esfaqueado os pais por impulso, durante a última audiência de instrução e julgamento do processo, na última quarta-feira (2), que apura o assassinato do cineasta e documentarista, que foi morto no dia 2 de fevereiro de 2014, em sua casa, no bairro da Lagoa, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
Ele contou que sofria de síndrome do pânico e que, por intuição, raspou a cabeça dias antes do crime. Nela, teria percebido uma inscrição, a sequência de números 666. A partir daí, disse ter sido tomado por uma obsessão espiritual e que, apesar de amar muito seus pais, resolveu matá-los por medo de lhes acontecer algum mal.
"A pessoa que entrou no quarto dos meus pais achava que era Satanás. Quando achei a sequência de números na minha cabeça, eu pensava que era o demônio. Era uma obsessão espiritual, fui induzido a matar meus pais e depois a me matar. Eu tentei me matar, mas aí não aconteceu nada. Me senti enganado pelos espíritos. Foi quando eu fui procurar ajuda para tentar salvar meus pais", disse Daniel Coutinho, que também revelou que dormia com uma faca já alguns dias antes do crime.
Na época, Daniel Coutinho foi preso em flagrante pela morte do pai e pela tentativa de homicídio da mãe.