Quase dois meses após a morte de Silvio Santos, em crise de audiência (perdeu pelo 56º mês seguido para a Record na média nacional) e passando por demissões (como a de Regina Volpato, recontratada em novembro), o SBT recebeu uma oração na semana passada do pastor André Valadão, da Igreja Batista da Lagoinha.
Filha número três de Silvio (1930-2024), Daniela Beyruti, hoje vice-presidente do canal e à frente da programação, que até hoje não trouxe grandes resultados - exceção do "Pod Night" (nas madrugadas) e do "Sabadou com Virginia", esteve no momento de fé no palco do "Tá na Hora", telejornal policial lançado em março e que já passou por alterações.
Em um delas, Christina Rocha deixou o programa e o SBT poucas semanas após a estreia. Segundo o colunista Daniel Castro, a intenção da oração era que se revelasse como o programa e a própria emissora conseguissem chegar ao sucesso. Hoje, o SBT só tem no domingo o seu dia sem algum problema de audiência mesmo após a saída de Eliana e o espichamento do "Domingo Legal" para longas 7h.
Do SBT, a oração reuniu Daniela, Liminha (coordenador de palco de programas), Márcia Dantas e Marcão do Povo (dupla titular do telejornal). Além do momento de fé, Daniela, recentemente alfinetada por ex-diretor do SBT, levou André Valadão para conhecer os dez estúdios do Complexo Anhanguera, inaugurado em 1996.
A ida do pastor ao SBT foi analisada como um indício da influência que líderes evangélicos exercem hoje no canal - não custa lembrar que Silvio Santos era judeu. Ainda de acordo com a coluna, o influencer e evangélico André Vitor hoje possui crachá e para seu carro na área VIP do SBT.
Ele igualmente dá sugestões à emissora de 43 anos. A saída de Regina Volpato, Eliana e Christina Rocha não foram as únicas desse ano. O canal perdeu ainda Chris Flores - depois de longo período fora da TV -, e os diretores Murilo Fraga e Ariel Jacobowitz.