Fernanda Montenegro está prestes a voltar em um papel de destaque na TV Globo. A veterana estreia no próximo dia 16 a novela "Babilônia", cuja festa de lançamento aconteceu no último sábado (7). Uma das atrizes mais respeitadas e também uma das mulheres mais elegantes do país, ela confessou que tudo é feito em nome de suas personagens.
"Eu não tenho nada de elegância, tudo é personagem. Coloco as minhas coisinhas, sou eu mesma que me visto, inclusive faço as minhas unhas", disse a artista em conversa com a revista "Quem". Fernanda vai viver uma personagem homossexual, que promete causar polêmica entre o público. Antes mesmo da estreia da trama, ela e Nathalia Timberg - seu par em "Babilônia" - deram um selinho diante da imprensa na coletiva que lançou o folhetim das nove.
Em "Babilônia", Estela (Nathalia Timberg) e Teresa (Fernanda Montenegro) terão um relacionamento que dura mais de 30 anos. No passado, elas enfrentaram unidas a pressão social e foram precursoras do casamento gay. Antes de se unir a Teresa, Estela foi casada e teve duas filhas: Beatriz (Gloria Pires) - a grande vilã da história - e outra já falecida. Essa última teve um filho, Rafael (Chay Suede), que foi criado pela avó e pela mulher dela e chama ambas de mãe.
Atriz diz que dificuldade de sua personagem é ser 'porta-voz'
"Ela é totalmente humanizada e uma porta voz desses avanços humanos. Esse mundo de preconceitos, de portas fechadas, de agressões absolutamente grosseiras e desumanas, que fazem o personagem sofrer... A dificuldade desse papel é ser essa porta-voz", avaliou Fernanda Montenegro sobre Teresa, que será delicada e feminina.
"Quando a gente fala amor parece que é só amor erótico, mas é também uma amizade, um convívio com uma companheira, que no caso é vivida por uma grande atriz, a Nathalia Timberg", disse Fernanda, elogiando a parceira de cena, com quem já gravou cenas na praia do Leme, no Rio, como casal.
Nathalia Timberg, que já disse estar ansiosa pela estreia da novela, também definiu sua personagem em "Babilônia". "Nós duas (ela e Fernanda) vivemos nesse período em que o preconceito era muito maior. Nossos papeis trazem essa história de pessoas que estabeleceram suas metas de vida e não se curvaram aos preconceitos", pontuou a veterana, que comparou sua ansiedade com a "espera por um grande amor".