Fernanda Lima se pronunciou pela primeira em seu Instagram, nesta sexta-feira (25), sobre as recentes polêmicas com Silvio Santos. Em seu programa do SBT, o Homem do Baú disparou que a apresentadora era "muito magra", que "não tem amor nem sexo" e "quem gosta de osso é cachorro". Depois de compartilhar um texto criticando o apresentador e causar irritação na filha dele, Patrícia Abravanel, a mulher de Rodrigo Hilbert desabafou sobre o assunto: "Diante de tantas manifestações carinhosas e outras tão agressivas que venho recebendo ao longo dessas semanas, resolvi escrever para elucidar os pontos que acredito e que não me fizeram calar diante desse debate público, afinal nada aqui é pessoal. É coletivo, é político".
Uma das apoiadoras do movimento "Mexeu com Uma, Mexeu com Todas", contra o assédio sexual, a apresentadora garantiu que não se ofende com os comentários, porém acha necessário combater comportamentos machistas: "Pessoalmente, ser chamada de magra, ou mesmo ser objetificada com frases do tipo 'se ela não souber fazer amor e sexo, eu vou ensinar ela', me parece um absurdo, mas não me oprime a ponto de me fazer sair do conforto do meu silêncio para pedir respeito. Sei quem sou, gosto do meu corpo e escolho com quem faço amor e sexo. No entanto, politicamente, como uma comunicadora, venho aprendendo que o mundo mudou e não cabe mais rir do oprimido, mas sim do opressor. Ter privilégios também implica ter responsabilidades. De que adiante dar visibilidade às minorias para zombar da cara delas?".
Para finalizar, Fernanda, que admite lidar com a nudez de forma natural, pediu para que a sociedade repense suas atitudes: "Romper o silêncio pode ser desesperador ou libertador. Prefiro acreditar na segunda opção, então, não me calo. Sigamos firmes no propósito de usar nossa voz para pedir respeito, igualdade e justiça. Sigamos firmes na construção de vias de comunicação, de informação, de aprendizado sobre os males sociais do machismo para que nenhuma mulher mais sofra qualquer tipo de violência, pelo simples fato de ser mulher: chega de assédio, de abuso, de violência contra nossos corpos, contra quem somos. O corpo da mulher não é território público onde se pode meter a mão, avaliar, invadir, usar, agredir. Sigamos firmes e juntas construindo um grande abrigo de proteção para todas as mulheres, contra qualquer violência machista".
(Por Tatiana Mariano)