Faustão ainda se recupera do transplante no coração realizado há pouco mais de um mês. Em sua primeira entrevista para a TV após a cirurgia, o apresentador, que neste domingo (08) homenageou o filho do meio, João Guilherme Silva, na TV Globo, falou ao "Domingo Espetacular", da Record, como se sente agora, com o novo órgão em seu peito.
"Eu acordei um dia depois [do transplante] me sentindo um carro velho com o motor novo. Agora tem que consertar o resto do carro. É impressionante porque você sente a diferença na hora. Eu sinto que o coração é outro", avaliou.
O artista explicou, ainda, que apesar da complexidade do procedimento, passar por um transplante não é tão complicado como normalmente se imagina. "A cirurgia é o de menos. O problema são coisas como a pele seca, ficar 45 dias na cama de hospital, fazer reabilitação muscular, ter muita paciência, muita disciplina", enumerou.
O baque de saber que seria submetido a um transplante cardíaco fez Faustão ativar ainda mais sua fé. "Eu sou muito pragmático, tenho muita fé, mas quem decide está lá em cima. Não adianta todo mundo falar que vai dar certo. Você tem que rezar e esperar o melhor", ponderou.
E revelou que tomou uma atitude antes da cirurgia: "No período em que eu fiquei esperando [o transplante] eu resolvi minha vida com meus filhos. Isso dá uma tranquilidade, uma paz", contou.
O apresentador disse ainda que depois do procedimento começou a ver a vida com outros olhos. "Quem recebe uma bênção como essa, tem que pensar que se eu fui agraciado com isso, tem que repensar a vida. A gente às vezes perde tempo com besteira, acaba se irritando por bobagem. Agora eu tenho o objetivo de levar o bem para as pessoas. Não cabe mais mágoa e rancor por ninguém. A vida passa muito rápido, você tem que estar preparado pra ter essa consciência", avisou.
A pergunta que não quer calar não foi totalmente respondida por Fausto Silva. "Ainda não estou muito decidido, mas vamos ver. Agora estou muito focado na saúde, mas, sei lá, ano que vem quem sabe", desconversou, afirmando que prefere não fechar totalmente as portas para o trabalho em frente às câmeras.