João Guilherme Silva, filho de Faustão, foi a Brasília nesta terça-feira (12) para conversar com autoridades políticas a respeito da doação de órgãos no Brasil. O apresentador, que acaba de assinar um contrato com a Band para um programa solo, visa uma mudança para a legislação a respeito do tema no país.
"Acabamos de pousar aqui em Brasília, e viemos aqui para uma causa muito bacana, que é em relação à doação de órgãos. Viemos aqui tentar mudar essa legislação, falar com os deputados e os senadores também, pra ver se a gente consegue mudar para doação presumida", explica João Guilherme.
Atualmente, para que os órgãos sejam doados, é necessária a autorização da família do falecido. Não é obrigatório deixar nenhum documento escrito em vida, por essa razão, a recomendação de diversas instituições é que isso seja conversado abertamente com os entes para que a vontade seja respeitada. Entre os familiares que podem autorizar a doação, estão pais, filhos, avós, netos, irmãos e cônjuge ou companheiro em união estável.
Sobre doação presumida de órgãos, projeto de lei que já tramita na Câmara dos Deputados, João explica: "Todo mundo é doador até que a pessoa decida não ser doadora, se ela não quiser ser doadora, que se pronuncie. Do contrário, todo mundo é doador. Vamos tentar mudar a história do Brasil e que todas as pessoas que estão na fila consigam um órgão mais rápido".
Faustão foi submetido a um transplante de coração no dia 27 de agosto e recebeu alta hospitalar neste domingo (10). O apresentador ficou 19 dias na fila única do SUS e foi um dos pacientes prioritários por conta da gravidade de seu estado de saúde. Ele precisou do novo órgão em decorrência de uma insuficiência cardíaca, condição que descobriu em 2020.
Em entrevista ao colunista Lucas Pasin, do UOL, Faustão definiu como sua nova missão "motivar a doação de órgãos" no país. "O Brasil tem que ser o primeiro lugar do mundo. Tem que existir mais projetos. Precisamos fazer alguma coisa para melhorar isso, e pensarmos nos próximos. Precisamos usar a fé na doação. Se eu não tivesse fé, não estaria vivo", disse o apresentador.