Erika Januza volta à TV como a batalhadora Raquel na novela "O Outro Lado do Paraíso" que estreia dia 23 de outubro. Melhor amiga da mocinha Clara (Bianca Bin), ela sofrerá preconceito por ser negra, empregada doméstica, morar em um quilombo no Tocantins e se relacionar com Bruno (Caio Paduan), um jovem branco e de classe média alta que mora em Palmas. Ao Purepeople, a atriz conta sobre a personalidade da personagem: "É uma mulher muito forte, mas para encarar tudo o que ela vai passar tem que realmente ser muito forte. Ela sofre preconceito tanto racial quanto social. Acho que se ela fosse rica não sofreria tanto."
Apesar de Marieta Severo ser a grande vilã da novela como a maquiavélica Sophia, Nádia (Eliane Giardini) também não ficará muito atrás em suas maldades. A socialite, que é amiga da megera, é mãe de Bruno e Diego (Arthur Aguiar) e casada com Gustavo (Luis Mello), o poderoso juiz de Palmas, fará de tudo para fazer a vida da nora um inferno. Da alta sociedade e muito preconceituosa, ela não aceitará de modo algum que o seu filho se relacione com Raquel.
Assim como o ator Jonathan Azevedo, o Sabiá de "A Força do Querer", que sofreu ataques preconceituosos em suas redes sociais, Erika relatou que já passou por muitas situações semelhantes na vida real: "Já vivi muitas situações de racismo. Racismo com namorados que tinham vergonha de me apresentar para a família. Quando eu dizia pra gente sair, ele falava que era melhor a gente ficar em casa mesmo. Eu era ingênua, não entendi que era isso. Quando eu conheci a mãe dele, acabou sendo bastante difícil mesmo. Isso aconteceu mais de uma vez na minha vida".
A atriz que já foi apontada como affair de Marcello Novaes acha importante a novela retratar um amor multirracial: "Eu tenho acompanhado discussões nos grupos sobre casais formados por uma pessoa negra e outra branca. Muita gente condena quando o negro não se relaciona com outro negro. Eu acho bobagem isso. Eu acredito no amor sempre. E é por isso que eu acho importante a novela tocar neste assunto. Mostrar que é possível pessoas de raças diferentes terem um relacionamento bastante saudável".
(Por Helena Marques)