O Brasil tem hoje cerca de 52 milhões de empreendedores. Desse número, 30 milhões são mulheres que gerenciam o próprio negócio. Os dados são do GEM (Global Entrepreneurship Monitor) 2020, coletados com apoio do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e do IBQP (Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade).
Entre elas, podemos citar alguns nomes conhecidos da mídia, como Giovanna Antonelli, Juliana Paes, Ana Hickmann e Marina Ruy Barbosa. Flávia Alessandra e Fiorella Mattheis também vão além da profissão pela qual são conhecidas e se arriscam no mundo dos negócios.
A empresária Marina Candia comenta que a mesma pesquisa mostra que 55% das empresárias brasileiras abriram negócios nos últimos três anos, em plena pandemia de Covid-19. Ela reforça que as mulheres têm buscado por flexibilização entre a possibilidade de trabalhar e, ao mesmo tempo, estarem perto da família. Nesse objetivo, o empreendedorismo é a escolha feita.
"A expectativa é que, nos próximos anos, o número de mulheres que têm a própria empresa aumente ainda mais. Isso vai de encontro com alguns interesses, como a busca pela independência financeira, maior renda familiar e, até mesmo, a liberdade de poder participar do crescimento dos filhos mais de perto", explica.
"Hoje em dia a mulher é mãe, esposa, profissional e dona de casa. Então, o empreendedorismo representa uma realização. As mulheres alinham seus conhecimentos com planejamento e gestão, e conseguem criar negócios promissores. Mesmo que comecem aos poucos, podem ir muito longe. Um exemplo disso é a própria Luiza Trajano", acrescenta.
Marina Candia destaca que quando uma mulher se torna dona do próprio negócio, ela traz uma série de inovações. Além da geração de empregos, elas conseguem ver as necessidades umas das outras e apresentam soluções que causam impacto no meio social.
"Nós devemos levar em consideração que hoje metade das pessoas que consomem são mulheres. Quando elas se tornam empresárias, conseguem pensar nas necessidades umas das outras que, às vezes, por um empreendedor homem não são vistas", afirma.
"Além disso, é interessante perceber que, de acordo com as pesquisas, as mulheres têm buscado pelo empreendedorismo cada vez mais cedo. As novas empresárias têm entre 22 e 35 anos de idade. Isso é muito bom, pois, viram inspirações. Sempre que uma mulher se torna dona do próprio negócio, outras pensam em fazer o mesmo", declara.