Eduardo Coutinho será homenageado pelo Wexner Center for the Arts, da Universidade Columbus, em Ohio, nos Estados Unidos. Ele será lembrado na mostra Contemporary Brazilian Documentary, braço audiovisual da exposição "Cruzamentos", dedicada às artes visuais brasileiras. O evento multimídia está exibindo três longas do cineasta paulistano: "Cabra marcado para morrer" (1984), "O fim e o princípio" (2006) e "Jogo de cena" (2007).
"Esta é a maior pesquisa sobre o documentário brasileiro exibida nos Estados Unidos, e um dos grandes prazeres deste projeto é poder destacar a importância de Coutinho e apresentar seus filmes às novas plateias. Sua morte tornou especialmente urgente esse tributo a um dos maiores cineastas de nosso tempo", afirma Chris Stults, curador da exposição.
No último domingo (2), Eduardo Coutinho recebeu uma homenagem póstuma na cerimônia do Oscar, ao lado de Philip Seymour Hoffman, encontro morto após uma overdose. Em 2013, o cineasta havia sido convidado para fazer parte da Academia de Artes e Ciências de Hollywood e teria aceitado o convite.
"Foi um membro do comitê de documentários que nos informou nesta semana que Coutinho havia aceitado o convite, e foi esse mesmo comitê que sugeriu que ele fosse homenageado pela Academia (no Oscar)", conta Walter Salles, sócio da VideoFilmes, produtora dos filmes de Coutinho.
Eduardo Coutinho foi assassinado no dia 2 de fevereiro em sua casa, no bairro da Lagoa, na Zona Sul do Rio de Janeiro, a facadas pelo filho, Daniel Coutinho, de 41 anos. Após esfaquear a mãe, Maria das Dores Coutinho, de 62 anos, o rapaz teria tentado suicídio. Agora, Daniel está em uma penitenciária em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio.