"Voltando do Projac no domingo, depois de finalizar meu trabalho em 'Salve Jorge', percebi o quanto sou amparado e a missão que eu tenho comigo: viver o dia de hoje. Não acumulei só projetos em meu currículo, conquistei o direito de voltar a sonhar", escreveu Duda na rede social.
Ele passou por seis cirurgias, sete internações e ainda teve algumas complicações durante o tratamento da doença.
"Quando me deram a notícia eu preferi não acreditar. Eu tive um fígado de oito quilos, era uma metástase, apareceu no apêndice, foi minando meu fígado com o tempo. Na primeira cirurgia, fiz a biopsia e tive uma hemorragia", contou o intérprete de Adam em recente entrevista para o programa "Encontro com Fátima Bernardes", da TV Globo.
Duda também já declarou que tem vontade de conhecer a família do seu doador. "Eu sei a história do rapaz que me doou o fígado. Ele tinha 17 anos. Quero conhecer, mas vou dar um tempo, pois entendo que essa alegria que eu sinto por estar vivo é correspondente a dor de uma família que perdeu alguém há dois anos. Tudo tem o tempo certo", declarou à revista "Caras".
Confira o texto publicado por Duda Ribeiro na íntegra:
Meu relato.
Após o transplante que fiz em janeiro de 2011 e por tudo que havia vivido antes (câncer, cirurgias...), passei a achar que tudo poderia me acontecer a qualquer momento e que eu deveria fazer o que viesse pela frente rapidamente antes que eu morresse novamente. Sim, porque eu morri no dia 18 de janeiro de 2011 e nasci no dia 19 de janeiro de 2011.
60 dias após o transplante já havia dirigido um espetáculo e voltado a fazer "Dona Flor" em algumas cidades. E foram 40 no total das cidades que fiz Brasil a fora. Foram quatro peças que dirigi (sendo uma em Londres), dois filmes que fiz, um roteiro, um texto para teatro e uma novela até agora. Dois anos. Em todos os trabalhos que iniciei achei que, talvez, não chegasse ao fim. Síndrome traumática dos tempos idos que outrora vivi
Sempre perguntei a Deus se era isso mesmo que Ele achava que eu deveria fazer: seguir em frente?
Voltando do Projac no domingo, depois de finalizar meu trabalho em 'Salve Jorge', percebi o quanto sou amparado e a missão que eu tenho comigo: viver o dia de hoje. Não acumulei só projetos em meu currículo, conquistei o direito de voltar a sonhar. Nunca deixe de sonhar porque a realidade é uma mera interfase da nossa vida.