Um capítulo curioso da trajetória de Domingos Montagner aparece no livro "O Espetáculo Não Para", biografia que acaba de ser lançada e que conta detalhes inéditos sobre a vida do ator, que morreu tragicamente em 2016, aos 54 anos, ao desaparecer nas águas do Rio São Francisco, durante as gravações de"Velho Chico".
Em 2012, quando estreou na Globo em "Salve Jorge", Domingos viu seu nome envolvido em uma série de boatos. Ele contracenava com Cleo, seu par romântico na novela, o que gerou rumores de que os dois viviam um romance nos bastidores da produção.
"As pesquisas de opinião mostravam que o público adorava os encontros tórridos de Zyah e Bianca de Cleo Pires, mas torciam mesmo para o personagem de Domingos terminar a novela com Ayla, interpretada por Tânia Khalil. Gloria (Perez) soube aproveitar o sucesso de Zyah e o personagem cresceu na trama", diz um trecho do livro publicado pelo jornal "Extra".
No relato, é declarado que Luciana Lima, mulher de Domingos Montagner, não gostou da repercussão.
"Em pouco tempo, Domingos precisou lidar com os paparazzi e as fofocas de que tinha um caso com Cleo na vida real. Luciana (mulher do ator) não gostou nem um pouco, mas o casamento de 12 anos não haveria de terminar por conta de notícias de tabloide. O casal se entendeu e se ajustou aos ossos do novo ofício de Duma", afirmou.
Enquanto o livro nascia, Luciana Lima, viúva de Domingos Montagner, revisitou memórias entrelaçadas a sua própria história.
"Confesso que quando entrou no capítulo sobre como a gente se conheceu e o nascimento dos nossos filhos, fiquei mexida. O livro também traz coisas da infância dele que eu só conhecia de roda de churrasco. A gente vai encaixando peças do quebra-cabeça e vendo uma imagem mais nítida da pessoa. É muito gostoso e bonito isso", declarou.
Domingos Montagner e Luciana Lima tiveram três filhos: Leo, de 18 anos, Antonio, de 15, e Dante, de 11. A mãe sempre compartilha com eles cada homenagem, e conta que cada um tem sua forma de lidar com a ausência do pai.
"Um fala com tom mais saudoso; outro, mais alegre; e o outro sempre pergunta. Deixo-os muito à vontade, cada um no seu tempo. A gente tem um lugar em casa onde ficam as coisas dele, um acervo de discos, livros. Às vezes, vai todo mundo; em outras, vai um de cada vez; e em outras, não vai ninguém", contou Luciana.