A dieta cetogênica é uma estratégia de perda de peso baseada na baixa ingestão de carboidratos e alto consumo de gorduras e proteínas. O emagrecimento rápido é a principal vantagem do método, que pode ser combinado com outras práticas populares, como o jejum intermitente. Famosos como Duda Nagle e Marília Mendonça, que aderiu à dieta após emagrecer 20 kg, são alguns dos adeptos da prática que utiliza a própria gordura como fonte de energia. Para saber quais os alimentos permitidos e como fazer a dieta cetogênica, o Purepeople conversou com a nutricionista Olga Serra.
Ao reduzir a ingestão de carboidratos, a dieta cetogênica obriga o organismo a procurar outras fontes de energia para consumir em vez do açúcar. Mas a profissional defende: "Não é zero carboidrato". E é aí que entra a segunda opção: reserva de gordura corporal. A recomendação da nutricionista é aumentar o consumo de alimentos ricos em gorduras boas, chegando até 70% do total da dieta. Vale lembrar que é fundamental ter um planejamento para evitar armadilhas!
"A dieta cetogênica não é uma dieta da proteína", afirma a especialista. Embora ambas proponham baixar o consumo de carboidratos, Olga defende que existe uma diferença clara: a cetogênica, adotada também por Mariana Bridi, prevê um aumento de gorduras boas e não necessariamente de proteínas. Dê preferência aos cortes mais gordos, mas em geral carne bovina, queijos gordurosos, frango com pele, ovos inteiros e carne de porco estão liberados - esses alimentos devem ocupar cerca de 25% do cardápio.
Azeite de oliva, óleo de coco, ghee, banha de porco e abacate são alimentos ricos em gorduras boas. Algumas fontes de proteínas como queijos, ovos e carnes não processadas também são bem-vindas em razão da quantidade de gordura presente em sua composição. Já oleaginosas - como noz pecan, castanha-do-pará e macadâmia - devem ser consumidas com cuidado. Os carboidratos, por sua vez, devem vir preferencialmente de vegetais verdes como couve, espinafre e brócolis.
Os resultados da dieta cetogênica dependem dos hábitos da pessoa, mas a nutricionista afirma que a maioria dos pacientes emagrece 6 kg em trinta dias. Além da perda de peso, essa estratégia também é usada para tratar convulsões, doenças autoimunes, diabetes, autismo, Alzheimer e Parkinson segundo ela. "Dentro de um mês, é possível perceber uma melhora expressiva em alguns casos", afirma. E se engana quem pensa que gestantes não podem aderir ao método: é só contar com o acompanhamento de um profissional da área. Olga declara: "Comida de verdade nunca vai fazer mal".
(Por Bruna Vilar)