Dani Calabresa quebrou o silêncio após o Ministério Público denunciar Marcius Melhem em episódio que envolve acusação de assédio sexual. As denúncias contra o humorista então contratado da Globo vieram à tona no final de 2019. Desde então, Marcius sempre alegou inocência, disse ser vítima de vingança das oito mulheres que o acusaram de comportamento inadequado e mais recentemente protestou contra a mudança da promotora que analisou o caso.
Há pouco mais de quatro meses, a humorista fez um forte desabafo no qual afirmou que fingia achar graça do comportamento do então companheiro de trabalho - eles contracenaram em programas como a segunda versão da "Escolinha do Professor Raimundo". Nesta quarta-feira (9), em sua conta de Instagram, Dani compartilhou uma mensagem usando a hashtag "nada justifica o assédio".
"A decisão do Ministério Público de denunciar meu ex-chefe por assédio sexual é um reconhecimento da seriedade das acusações apresentadas pelas vítimas. Um segundo reconhecimento, porque a TV Globo já havia demitido-o por conduta inadequada após eu levar o caso ao compliance da emissora no início de 2020", iniciou Dani, alvo de ataque de Marcius.
Na sequência, a intérprete da dona Catifunda no remake do programa humorístico lamentou que Marcius não poderá responder totalmente. "É uma pena que alguns casos tenham sido arquivados porque os crimes já prescreveram. No meu caso, eram duas acusações: uma, de assédio sexual e outra de importunação sexual, que é um crime ainda mais grave", frisou.
"Só que a importunação sexual aconteceu em 2017, e isso só passou a ser oficialmente um crime em 2018. E o assédio infelizmente também já prescreveu", relatou. Dani acusou ainda Marcius, sem citar sem nome em nenhum momento, de ter premeditado algumas atitudes.
"Foi por isso, para ganhar tempo e apostar na prescrição, que o assediador passou os últimos anos atacando a reputação de suas vítimas. O que importa para mim e para todas as mulheres que tiveram a coragem de falar, é que o assediador foi reconhecido pelo Ministério Público", prosseguiu.
"Continuo a confiar na Justiça, apoiar essas mulheres tão corajosas e estarei sempre ao lado delas. Nada justifica o assédio", finalizou.