A humorista Dani Calabresa trava, há tempos, uma batalha para provar suas acusações de assédio sexual e moral do ator e diretor Marcius Melhem . Após ter novas mensagens entre os famosos vazadas e ser detonada pelo artista por causa da demora do processo, a comandante do 'Cat BBB' deu uma nova entrevista contando detalhes sobre o caso.
Para o colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, Dani contou como era a relação com Melhem nos bastidores da TV e revelou como reagia às suas investidas. Segundo a humorista, o ator, que era seu chefe, buscou confundir a investigação inserindo no processo conversas dos dois, o que daria a entender que teria sido consensual:
"Tem esse lugar de tentar confundir a opinião das pessoas expondo a gente num tom: 'Mas ela ria'. Mas tenta se colocar no meu lugar... Eu amava trabalhar nesse ambiente e, para não criar uma briga com o meu chefe, eu fingia que achava engraçado. Eu corto pessoalmente e compenso na mensagem", disparou a atriz.
"É um discurso para tentar convencer a nossa sociedade, que é machista, que nós somos loucas, vingativas, piranhas, vagabundas. E isso não é verdade! Isso era um ambiente de trabalho. Ele é um chefe. Essa insistência é assédio. Para a gente é um aprendizado usar a palavra 'assédio'", desabafou.
"A gente fala: 'Ele tá chato. Que tarado! Ele também fica passando a mão em você?'. É difícil a gente usar a palavra 'assediador'. É difícil a gente chegar nesse estágio, mas acho que quanto mais a gente vai falando, as pessoas vão se identificando", encerrou Dani Calabresa.
Recentemente, Marcius Melhem detonou Dani Calabresa e acusou a humorista de estar atrasando os processos para o prejudicar. Em entrevista à Folha de S. Paulo, o artista revelou que seus trabalhos estão parados desde as denúncias de assédio e isso tem o prejudicado:
"Não é justiça. É me prejudicar profissionalmente. São quase 30 meses com a carreira parada esperando uma definição. Tempo maior que a pena máxima do assédio que não cometi", declarou Marcius Melhem.
"Este processo é o avesso de qualquer caso. Primeiro quem é acusado é quem vai para a Justiça. Aí, depois de mais de dois anos, milhares de páginas e dezenas de testemunhas, a defesa das acusadoras não deixa a investigação acabar. Protelam, adiam, manobram. Testemunhas que elas indicam não são achadas, tudo para que o caso tenha um nó jurídico que dê a elas o discurso de que a Justiça é lenta e favorece o homem", destacou.