A nova temporada do programa "CQC", na Band, estreia nesta segunda-feira (09) com um novo apresentador: Dan Stulbach. O ex-ator global assume a vaga deixada por Marcelo Tas na bancada, após se despedir da atração, no ano passado. Ao assinar o contrato para se aventurar no comando do programa, o ator deixou para trás uma bem-sucedida carreira na emissora carioca e comentou: "É uma mudança grande". Quem também está de volta é Rafael Cortez, que passa a dividir a bancada com Stulbach, e Marco Luque, ocupando a cadeira deixada por Dani Calabresa.
Dan já incorporou o visual do líder do "CQC" assumindo os óculos pretos usados pelos integrantes da bancada. Ele considera a mudança como o passo mais importante da sua carreira e diz que as comparações com Marcelo Tas serão inevitáveis. "Acho natural que o Tas seja uma referência, porque fez muito bem. Mas não estou substituindo uma pessoa, estou substituindo uma função. O que ele fazia era único. Tenho que encontrar o meu jeito, o meu estilo. Não quero me comparar. Senão, é loucura", disse o ator em entrevista ao jornal "O Dia". Ele acrescentou ainda que está preparado comparações e pede apenas a paciência do público nessa fase de adaptação.
Ator foi elogiado substituindo Fátima Bernardes nas férias no 'Encontro'
Após a experiência de apresentar o "Encontro" ao lado de Ana Furtado nas férias de Fátima Bernardes, Dan recebeu elogios por mostrar desenvoltura à frente da atração. Na época, ele admitiu a vontade de ter um programa só seu. "Isso me assustou. Nunca me imaginei ser apresentador. Fui mais tranquilo, não tinha nada a perder. Substituir a Fátima me deu mais confiança, sim, até porque tinha muita gente competente que endossava o que eu tinha feito", contou à publicação.
Apresentar o "CQC", entretanto, nunca esteve nos seus sonhos, ele garante. "Nunca olhei um programa quando era moleque e falei: 'Quero ser o Silvio Santos!' Eu queria ser o Paulo Autran, fazer novela, ou então jogar futebol", lembra o artista, que disse ter trocado mensagens amistosas com Tás pelo celular e estaria recebendo um salário em torno de R$ 30 a 40 mil reais para comandar a atração.
"A gente tem carinho e respeito um pelo outro. Mas não pedi dicas nem conselhos", garante, e acrescenta: "Ninguém sacaneou ninguém. De verdade! Ele tinha vontade de sair. E eu fui convidado e tive vontade de vir".
Ator acumula experiência como apresentador de rádio e no 'Saia Justa'
Dan também disse em entrevista ao "O Dia" que analisou bastante antes de deixar a Globo, mas frisa que a saída foi amigável. "Nunca tinha pisado em outra emissora. Tinha uma ótima relação com a Globo, e uma proposta de renovação. Nesse sentido, não foi fácil. Talvez, se eu tivesse saído brigado, seria mais fácil, se tivesse tido problema com alguém...", analisa o ator, que ainda integrou o elenco do "Saia Justa" no canal pago GNT e tem dois programas na rádio CBN.
Reservado, o ator é casado e pai de dois filhos. Ao ser perguntado se ouviu a opinião da mulher quando resolveu trocar a Globo pela Band, Stulbach soltou: "Não, nunca ouço!". Ele ri da própria resposta e conta que conversou com pessoas próximas, como Nilton Travesso, seu diretor no "Saia Justa", amigos e pessoas da família para saber se estava fazendo a escolha certa.
Dan Stulbach tem planos de reativar o núcleo de dramaturgia da emissora
O ator tem planos ousados na Band. Ele não descarta a hipótese de reativar, no futuro, um núcleo de novelas e séries. "Vamos pensar nisso mais pra frente. Agora, o foco é o 'CQC'. Montar um núcleo de dramaturgia seria o máximo: seria prazeroso para mim, bom para Band e para o público da TV aberta. É um trampo, mas vou batalhar pra isso", promete o ator, que afirma sentir um friozinho na barriga na frente das câmeras sem fazer um personagem. Afinal, no programa Dan será ele mesmo.
"É um pouco assustador porque é novo, mas me dá tesão. Eu quero trazer uma provocação para o público, mostrar de algum jeito o que está acontecendo no Brasil. A gente não tira sarro de político porque é prazeroso, e sim porque é importante", disse o apresentador, que afirma não ter a intenção de abandonar a carreira de ator porque tem muito prazer em atuar.