As gravações da novela "Poliana Moça" chegaram ao fim, e o SBT já volta suas atenções para sua sucessora, "A Infância de Romeu e Julieta", cujos detalhes você confere aqui. Porém, a atual trama infantil da emissora de Silvio Santos não tem data para exibir seu último capítulo. Intérprete do Otto, pai de Poliana,Dalton Vigh não renovou seu contrato, assim como Sophia Valverde, a protagonista.
"Poliana Moça" estreou em março após um adiamento de quase dois anos e é sequência de "As Aventuras de Poliana", exibida entre 2018 e 2020 com longos 564 capítulos, quase superando a icônica "Redenção" (Excelsiro, 1966/1968), com 596 dias de exibição. Para essa sequência, a novela de Iris Abravanel ganhou novos personagens, conflitos e viu os tipos já existentes passarem por transformações.
"Estamos vendo um Pendleton/Otto mais humanizado, mais próximo da filha e muito preocupado em ser um bom pai. E também um pouco mais bem-humorado, mesmo quando um tanto desconfortável com os relacionamentos de Poliana", reflete Dalton ao Purepeople em relação a João (Igor Jansen) e Eric (Lucas Burgatti), que mexem com os sentimentos da adolescente.
Atuando na TV desde 1995 e com 20 trabalhos em novelas, Dalton conta não ter precisado passar por nenhum processo para recordar o tom de Otto. "Como já havia convivido com ele por mais de um ano, já estava familiarizado com o Otto que já no final de "As Aventuras de Poliana" passava por uma profunda transformação", aponta.
"Então houve uma reconstrução do personagem para essa nova fase, que incorporou a passagem de tempo na história e trouxe os personagens já em outro momento de vida", frisa Dalton, visto anteriormente em "Pérola Negra" (1998), uma das novelas mais reprisadas pelo SBT, "O Clone" (2001), e "O Profeta" (2006), por exemplo.
E por falar em produções que ficaram para trás e na memória afetiva dos fãs, Dalton aponta um certo incômodo, ao mesmo tempo que busca as melhores recordações. "É sempre importante ver os trabalhos quando ainda estamos gravando para fazer ajustes e correções, mas assistir reprises com olhar crítico é bastante angustiante porque não tem mais conserto", opina.
"Se trata de um trabalho de 20 anos atrás, então eu revejo mais com olhar de nostalgia, lembrando dos bons momentos que vivi tanto nas cenas quanto nos bastidores", finaliza o artista.