A apenas dois dias do começo da Copa do Mundo 2022, a competição realizada no Catar ainda encontra tempo de ter novas polêmicas. Conhecido por ser um país com leis restritivas devido à religião, a venda de bebidas alcoólicas estava restrita aos entornos dos estádios e hotéis internacionais até esta sexta-feira (18).
Agora está proibida a venda de bebidas alcoólicas nos locais dos jogos. O turista que quiser beber durante o Mundial, só poderá consumi-la no Fifa Fan Fest. Segundo uma reportagem divulgada pelo New York Times, a ordem partiu diretamente da família real qatari.
Nas redes sociais, a FIFA publicou uma nota sobre o assunto. Nela, o órgão garante que a decisão não afetará a "alegria" da Copa do Mundo 2022.
"As autoridades do país sede e a Fifa vão continuar garantindo que os estádios e o seu entorno tenham uma área divertida, respeitosa e prazerosa para todos os torcedores. A organização do torneio aprecia a compreensão da InBev e o suporte contínuo ao nosso objetivo de atender a todos durante a Copa de 2022",diz uma parte da nota.
A Budweiser é a cerveja patrocinadora oficial da Copa do Mundo 2022 e a principal afetada com a decisão. A marca ainda não se pronunciou sobre o assunto nas redes sociais.
Nas redes sociais, o assunto logo viralizou. Dezenas de usuários do Twitter criticaram o fato da FIFA ter eleito o Catar como país-sede da Copa do Mundo 2022.
"Catar: conseguiu mudar a data de início da Copa para ter a estreia toda para si, obrigou a Fifa a esconder os quiosques de cerveja e, agora, força para que não haja mais venda de álcool nos estádios. Até domingo conseguem fazer com que Mbappé jogue pelo Catar", escreveu um.
"Ainda dá tempo de mudar a copa pro Brasil. hein. Já temos estádio aqui e cerveja a vontade", pontuou outro.
"A escolha do Catar para sediar a Copa é uma das maiores vergonhas da história do esporte. Agora estão tendo problemas com a cerveja. Artistas, com razão, se negaram a participar da abertura, etc... A FIFA da um péssimo exemplo para o mundo. Espero que o Equador ganhe de 10 x 0", desejou um terceiro.
Desde o anúncio do Catar como país sede do evento algumas polêmicas vieram à tona. Além das proibições vindas da cultura catari, denúncias trabalhistas também fizeram parte das notícias sobre a Copa do Mundo 2022.
Segundo um relatório divulgado pelo "The Guardian", pelo menos 6,5 mil trabalhadores imigrantes morreram no Catar desde o início das obras para o Mundial. Algumas seleções também foram proibidas de fazer manifestações políticas durante o evento.