Cleo Pires emagreceu 20 kg e desabafou sobre críticas antes de perder peso. A atriz confessou ter sofrido com os comentários do público, em entrevista para a revista Ela do Globo. "Sempre gostei de postar fotos sexies. Continuei me expondo mesmo gorda. Não estava fazendo nada de errado, só estava acima do peso. Mas fui atacada", afirmou a artista, que estava há 2 anos em uma luta para ficar saudável.
De acordo com a atriz, foi complicado lidar com os ataques da web: "Falar disso dói, como se eu revivesse um trauma. Não considero gordofobia porque, mesmo quando estava 20 quilos acima do peso, não tinha esse lugar de fala. Mas dói".
Cleo Pires revelou que a questão do peso não foi a única cobrada ao longo da vida. "A vida inteira fui atacada, seja porque falo de sexo, porque sou filha do Fábio Júnior, porque engordei ou porque não faço tanta novela. Cresci sendo atacada por não corresponder a expectativa. Engordei, mas me achava uma tremenda de uma gostosa", declarou a atriz, que adora compartilhar fotos de biquíni.
Aos 30 anos, Cleo Pires descobriu que tinha depressão. Além disso, a atriz também foi diagnosticada ao longo da vida com transtorno de humor e déficit de atenção combinado com hiperatividade e impulsividade. A artista confessou, ainda, sofrer de Tireoidite de Hashimoto.
"É uma doença autoimune que faz com que, quando você ingere certos alimentos, seu corpo vá contra ele. Comia muita lactose, glúten, açúcar e acabou desencadeando isso", detalhou.
Cleo Pires precisava seguir uma dieta mais restrita, porém era difícil. "Não conseguia parar e ficava mais nervosa porque não tinha controle. Quando você tem compulsão, qualquer coisa vira gatilho. Hoje, trato a ansiedade e a compulsão. Não estou curada, mas elas não são mais tão dominantes", lamentou a artista, que dá lições de empoderamento na web.
Cleo Pires, que está acompanhando a participação do irmão no "BBB 21", explicou ainda, em detalhes, sobre as sensações durante os momentos de transtorno alimentar. "Eu comia até me machucar. Ia até passar mal", explicou.
De acordo com ela, a qualidade de vida só mudou após tratamento psiquiátrico. "Perdi o preconceito com remédios, e pela primeira vez, comecei a tratar a compulsão de verdade. Me convenci quando ele disse que eu não ia parar de comer, mas parar de me machucar comendo. Em um mês fazendo tudo certinho, tudo melhorou: o sono, a fome, eu", afirmou.
(Por Ana Clara Xavier)