Claudia Rodrigues embarcou no aeroporto Santos Dumont do Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (15), acompanhada de sua empresária, Adrianne Bonatto. A humorista, que passou por um transplante de célula-tronco em janeiro, luta há 16 anos contra a esclerose múltipla - doença autoimune que afeta o cérebro e o sistema nervoso central. Já exibindo cabelo curtinho e os fios mais escuros, após rapar a cabeça durante o tratamento, a atriz caminhou com a ajuda de um andador e usando máscara.
Dedicada aos exercícios de fisioterapia com o apoio de sua empresária, Claudia tem feito caminhadas na orla da praia mostrando seu empenho para ficar bem e curada, algo que saberá em junho ao se submeter a novos exames. Em fevereiro, ela foi alvo de boatos que apontavam sua morte. O episódio a deixou chateada pela falta de respeito com a situação delicada.
Assim como a filha, Iza Hieatt, de 13 anos, Adrianne Bonatto tem sido uma companhia importante para a artista de 44 anos nessa fase de recuperação. Em um publicação em seu Facebook, a atriz fez uma declaração sobre a amiga: "É meu anjo da guarda".
Reynaldo Giannecchini encorajou a atriz para transplante
Em recente entrevista à revista "Tititi", a artista contou como está levando a vida após o transplante. "Praticamente normal. Faço fisioterapia, terapia ocupacional e até ortóptica. Quando tive um surto, um nervo travou e fica puxando um olho para a direita. Agora faço musculação para os olhos", explicou para a publicação.
As mudanças após o transplante já estão sendo sentidas. "Antes, sentia cansaço só de acordar. Agora, me sinto bem para fazer tudo! Dou minhas caminhadas, faço minha bicicleta ergométrica. Só não posso, ainda, me relacionar direito com as pessoas", disse, esclarecendo o motivo do uso da máscara por conta da baixa imunidade. "Não podem chegar nem perto de mim! Se estou em lugar fechado, preciso usar. É chato, mas devo me cuidar".
Antes de se submeter ao procedimento, a atriz procurou o ator Reynaldo Gianecchini, que em 2015 completou 3 anos de transplante, e lembrou os conselhos dele. "Disse: 'Claudinha, se isso pode curar a esclerose, faça. São 20 dias de sofrimento, depois é vida plena!'. Foi quando decidiu procurar o médico para se internar.
'Não tive medo de morrer em momento algum!'
Claudia Rodrigues garante que não temeu a morte. "Não tive medo de morrer em momento algum. Minha maior preocupação era deixar o hospital logo. Entreguei nas mãos de Deus!", disse, acrescentando que surpreendeu os médicos. "Foi uma recuperação muito rápida. Bati quase todos os recordes no hospital. A cirurgia, que costuma durar meia hora, rolou em sete minutos. Na saída do transplante, minha contagem de células devia mostrar que eu podia produzir 9 mil e passei com 90 mil. Um resultado que era esperado apenas três meses depois".
Os planos para depois da liberação médica? "O que mais quero é ir à praia. Foi a primeira coisa que pedi ao médico. Ele liberou, mas para ir de tênis. Aí pensei: 'Vou para quê, então?' Quero pisar na areia, entrar na água. Mas, por enquanto, só em julho", disse na ocasião.
(Por Pedro Paulo Moura)