A humorista Cláudia Rodrigues fez rara aparição no velório de Ney Latorraca no final desta manhã (27). O ator e humorista morreu aos 80 anos após cinco anos de luta contra um câncer de próstata, doença diagnosticada novamente em agosto, mas dessa vez em estágio mais grave. O corpo de Ney foi velado até o começo da tarde por famosos, pelo marido, Edi Botelho e pela ex-mulher, Inês Galvão.
Após deixar o teatro, o corpo seguiu para a cremação em cerimônia reservada. No adeus ao colega de trabalho, Cláudia chegou acompanhada da mulher, Adriane Bonato. Exibindo os cabelos grisalhos, aos 54 anos, a humorista precisou ser auxiliada na hora de subir a escadaria do teatro. No interior do velório, a atriz se juntou a Ary Fontoura e Othon Bastos na hora da oração final a Ney, que teve os últimos dias de vida descritos pelo marido, com quem se relacionava há quase três décadas.
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Responsável por dar vida a personagens como o Barbosa do programa humorístico "TV Pirata" (1988-1990) e sem ter tido filhos na vida pessoal, Ney Latorraca deixou um testamento onde repassa à instituições de caridade todo o seu patrimônio, sendo o Retiro dos Artistas um dos beneficiados. Isso inclui quatro apartamentos, sendo três no Rio de Janeiro (um deles onde vivia) e o outro em São Paulo.
Aos 54 anos, Cláudia está afastada da TV desde 2014, 14 anos após ser diagnosticada com esclerose múltipla. A humorista e protagonista do seriado "A Diarista" (2004-2007) revelou o diagnóstico em 2007 e foi submetida a transplante de células-tronco há nove anos.
Já em 2016, foi vítima de uma tentativa de assalto em Curitiba (Paraná) e sofreu uma fratura no pé. A partir do ano seguinte, passou a ser internada em certa frequência, foram no mínimo quatro internações, chegando a correr o risco de perder a visão. Em 2019, por exemplo, a artista passou nove dias na UTI. Dois anos depois, sofreu novo assalto ao deixar consulta médica.
Cláudia foi revelada em 1996 no Prêmio Multishow. Depois, deu vida a personagens como Ofélia e Thalia em diversos programas da Globo, dentre eles "Escolinha do Professor Raimundo" (versão de 2001) e "Zorra Total" (1993-2003).