Cauã Reymond já terminou de gravar a série "Ilha de Ferro", mas vai levar do trabalho uma nova perspectiva sobre o feminismo: apesar de se afirmar engajado na luta pela igualdade de gênero antes do trabalho, o ator conta que se sente mais maduro no tema graças ao convívio com Maria Casadevall e Sophie Charlotte. "'Ilha de Ferro' mexe com esse lugar do empoderamento feminino, com as personagens da Maria e da Sophie, apresenta essa nova mulher para o mundo e como esse cara extramente machista lida e muda com isso. Estar em contato com Maria e com a Sophie, atrizes que batalham muito pelo feminismo, junto com (interpretar) o Dante, abriu uma janela para mim. Comecei a observar algumas coisas que eu não tinha noção", afirma em entrevista ao Purepeople sobre as artistas, com quem terá relacionamentos amorosos na ficção.
Pai de Sofia, de 5 anos, com quem é sempre clicado momentos de diversão, ele destaca a importância de a menina encontrar um mundo com menos disparidade entre os gêneros. "Não sou o cara que vai fazer fiu-fiu para uma menina, nem quando eu era jovem, nunca fui assim... mas tem várias questões, às vezes conversando com uma e com outra, entendendo um ponto de vista diferente diante de tudo. Pensava: 'caramba, tenho uma filha menina e que bom que o mundo mudou assim para as mulheres'. Amadureci muito com o Dante ao longo do personagem. Acho que a minha conduta não era errada, mas a forma como eu observava certas coisas eram antiquadas", define o namorado de Mariana Goldfarb, com quem confirmou ter se reconciliado no começo de abril após uma breve separação.
Na entrevista, Cauã também ponderou sobre o tempo que homem e mulher passam afastados do trabalho após o nascimento de um filho. "Na minha cabeça, por exemplo, começo a questionar certas coisas, como, porque não posso ter licença-paternidade prolongada. A Sofia nasceu no meio de 'Avenida Brasil' e eu trabalhei no dia seguinte, tava ali no meio do furacão. Não estou questionando o que as mulheres estão pedindo, sou totalmente a favor da igualdade, tem diferenças fisiológicas... Mas isso da licença-paternidade me bateu porque estou querendo ser pai de novo: a mulher precisa de você, não é para você ficar em casa à toa, é para estar ali, dando suporte", argumenta.
(Apuração de Patrick Monteiro e texto por Marilise Gomes)