
Dois novos depoimentos prestados à polícia complicam ainda mais a situação de Maicol Antônio dos Santos, principal suspeito e único preso pelo assassinato brutal de Vitória Regina, de 17 anos, em Cajamar.
Uma vizinha do homem detido decidiu falar com os investigadores de forma espontânea ao sentir a sensação de insegurança no bairro após a "fama" de Maicol; ela chegou até a se mudar devido ao medo. Foi ela quem notou uma movimentação estranha na casa do investigado; a mulher afirmou nunca ter visto Vitória ou outra mulher por lá.
De acordo com os relatos, a vizinha, que conhecia a rotina do suspeito, ouviu a chegada de seu carro por volta da meia-noite do dia do desaparecimento da adolescente e um movimento incomum na garagem. O investigado teria dito várias vezes que o carro estava "bom". A mulher ficou intrigada, já que já havia visto amigos dele usando drogas na residência anteriormente.

Antes mesmo da morte de Vitória, Maicol já não era uma pessoa bem-vista pelos moradores do bairro, de acordo com outro vizinho do suspeito, que não o conhecia pessoalmente, mas já tinha ouvido histórias negativas a seu respeito.
Um outro depoimento, feito por um motorista de transporte escolar, coloca o suspeito muito próximo ao local do desaparecimento da adolescente; ele fazia uma rota no bairro e estava deixando seu último aluno em casa quando viu um Toyota Corolla prata, idêntico ao carro de Maicol, estacionado em uma rua lateral aos bares do Doca e do Pepo.
O horário indica que isso foi minutos antes do desembarque final da jovem, que voltava do trabalho. Apesar da pouca luz, o motorista conseguiu ver que dentro do veículo havia uma pessoa encapuzada. O homem conhecia a namorada de Maicol pois trabalhavam na mesma empresa; ele chegou a mandar uma mensagem para ela brincando que a teria visto "aprontando" com o suspeito, mas a reação dela deu a entender que ela desconhecia a situação, porque não estava com ele na noite anterior.