
Quase duas semanas após o corpo da adolescente Vitória Regina, de 17 anos, ser encontrado em Cajamar, a polícia reuniu inúmeras provas contra o principal suspeito pelo assassinato, Maicol Sales dos Santos, que está preso preventivamente.
A justiça autorizou a detenção do investigado com base nas primeiras provas: seu carro, um Corolla prata, foi visto perto do local do desaparecimento da vítima por várias testemunhas. Após ser apreendido, a polícia encontrou um fio de cabelo e manchas que podem ser de sangue; o material foi enviado para análise de DNA. Além disso, em uma residência utilizada por ele, também foram encontrados vestígios de sangue.
Após a prisão ser efetuada, o celular de Maicol foi enviado para perícia, que revelou provas mais comprometedoras ainda, como pesquisas por "como limpar o local do crime" e "como cortar a cabeça de uma pessoa"; o corpo de Vitória foi encontrado com a cabeça quase decepada, nu, com sinais de violência e cabelo raspado.

No aparelho também foram encontradas uma coleção de fotos da vítima e de outras mulheres que se assemelham a ela fisicamente e imagens de diversas facas e uma arma. Além disso, o histórico mostrou que o suspeito visualizou uma publicação da vítima minutos antes de ela descer no ponto final e utilizou o celular durante toda a madrugada que sucedeu o desaparecimento.
Dois dos inúmeros depoimentos colhidos pela polícia foram cruciais para o caso; uma vizinha relatou que ouviu o carro dele chegar perto da meia-noite e notou uma movimentação incomum na garagem, além de ouvi-lo dizer que o veículo estava "bom". As ações levantaram suspeitas porque a mulher já o flagrou usando drogas com amigos.
O outro depoimento, prestado por um motorista de van escolar, coloca o suspeito perto do local onde Vitória desapareceu; ao entregar seu último aluno, o condutor viu um carro idêntico ao do preso em uma rua perto do ponto de ônibus final da rota da vítima, minutos antes de ela descer ali.
Além disso, o próprio depoimento de Maicol foi contraditório; ele afirmou que passou a noite com a esposa, conhecida do motorista, mas ela o desmentiu, dizendo que passou a noite na casa da mãe. Uma troca de mensagens com o condutor reforça o depoimento de que ela não esteve com o marido na noite do crime e acreditou até que estava sendo traída.