Mais um crime choca o país em 2024 depois do caso de um menor que assassinou os pais adotivos por conta de castigo na escola. Após oito meses de buscas foi encontrado o corpo da jovem Giovana Pereira Caetano de Almeida, de 16 anos na última terça-feira (27). O cadáver havia sido enterrado em uma área rural de Nova Granada, distante 487km da capital paulista.
O empresário Gleison Luís Menegildo, 45 anos e dono do sítio, e o caseiro Cleber Danilo Partezani, 42, chegaram a ser presos acusados de participação no crime, porém pagaram fiança de R$ 22 mil e foram libertos. Os dois negam qualquer envolvimento na morte de Giovana, que só passou a ser procurada pela mãe dois dias após seu desaparecimento.
Porém, Cleber contou em depoimento que seu patrão, Gleison, pediu em 21 de dezembro passado que fosse aberto um buraco no sítio para enterrar um corpo, sem revelar se seria uma vítima do sexo feminino ou masculino.
Por sua vez, Gleison contou que Giovana se dirigiu ao local para uma entrevista de emprego após se conhecerem em plataforma de encontros e depois ambos consumiram cocaína. Na sequência, a estudante trocou beijos com um funcionário dele e, por fim, teve um mal súbito, tudo conforme relato do dono do sítio. Junto ao corpo de Giovana foram encontrados alguns pertences dela como celular e pulseira.
Patrícia Alessandra Pereira, mãe de Giovana descreveu a filha como "melhor amiga", "dedicada", "inteligente" e "extrovertida". A jovem tinha planos de embarcar ao Canadá para fazer um intercâmbio após aprender inglês por conta própria.
Na época do sumiço de Giovana, ela já estava morando há dois meses com uma amiga. Patrícia contou ainda do desejo da filha em trabalhar, que ela não via necessidade nisso, e afirmou desconhecer a intenção da jovem em trabalhar para Gleison.
"É muito fácil jogar a culpa e toda responsabilidade para a minha filha, de que ela foi lá, que ela usou droga, que ficou beijando os homens, que estava com roupas inapropriadas, sendo que estava de calça jeans, camiseta e tênis. Estão culpando a única pessoa que sabe o que aconteceu e não pode dizer", disse ao portal Uol.
"Mesmo que ela tenha pedido emprego, por que ele chamou uma menina de 16 anos às 19h30 para ir a uma empresa? Minha filha tinha orientação e instrução, nunca faria nada disso do que estão falando. Ela não era uma menina jogada. Eu estou sempre com meus filhos, não sou ausente", prosseguiu Patrícia, que confirmou ter visto troca de mensagens da filha com Gleison.