Vera Viel foi operada para retirada de um tumor raro e maligno após ser diagnosticada com sarcoma sinovial em uma das coxas depois de passar por uma bateria de exames. Logo depois, a mulher de Rodrigo Faro foi levada para o quarto, onde comemorou aniversário de 50 anos ao lado das filhas em vídeo emocionante.
E para entendermos melhor o tipo de câncer diagnosticado em Vera, o Purepeople conversou com a dra. Sheila Ferreira, oncologista da Oncoclínicas São Paulo. Segundo ela, o sarcoma sinovial pertence à categoria dos sarcomas de partes moles: "Se origina de células anormais que se formam nas partes moles do organismo, como músculos e ligamentos".
"Não há porém uma causa definida para a origem do sarcoma e os sintomas variam de paciente para paciente por conta do estágio da doença. Normalmente, o que se observa em fases iniciais é o surgimento de um nódulo com crescimento progressivo que pode ser assintomático, ou causar dor, ou dormência, ou limitação de movimento a depender do tamanho e localização", explica.
Sheila ressalta que pancadas são desencadeiam o desenvolvimento do sarcoma. "Na maior parte dos casos, o que acontece é que o trauma próximo ao local pode chamar a atenção para um nódulo já existente", frisa.
A maior incidência do sarcoma sinovial ocorre em indivíduos do sexo masculino, adolescentes e pessoas até 30 anos. Da mesma forma que os sintomas, o tratamento varia de acordo com o estágio do tumor. "O tratamento padrão, em estágios iniciais, envolve a cirurgia para ressecção ampla da lesão com margens de segurança, podendo ser indicada radioterapia antes ou após o procedimento", pontua a profissional.
"Em alguns casos a quimioterapia pode ser necessária com o objetivo de diminuir o risco de recidiva", prossegue acrescentando não haver um exame de rotina que seja capaz de detectar a doença. "O fato de não existir uma causa bem definida para sua origem torna a prevenção difícil", reforça.
A oncologista lembra que a amputação do membro onde se localiza o tumor não é descartada nos casos mais complexos. "O tratamento da doença localizada envolve a remoção cirúrgica do tumor com margens de segurança. A extensão do procedimento depende do tamanho e da localização do tumor, podendo incluir, em casos selecionados, a amputação do membro visando a total retirada da lesão", relata.
"Por isso, na suspeita da doença, é essencial procurar um especialista na área, garantindo uma avaliação adequada e quanto mais precoce o diagnóstico, maiores são as chances de cura", recomenda.