Bruno Gagliasso se emocionou ao falar sobre o ataque racista sofrido pela filha, Títi, no fim do mês passado. No "Fantástico" deste domingo (3), o ator se juntou à mulher, Giovanna Ewbank , para debater o assunto ao lado de outros duas famílias que também sofreram preconceito. "Eu não tinha ideia que era assim. Óbvio que sempre soube que (o racismo) existia, mas vivenciar isso dentro de casa é muito forte, agressivo, machuca. E você só sente quando está dentro de casa", declarou o ator.
Giovanna Ewbank foi a primeira a comentar o ataque racista feito por Day McCarthy à filha. Em um vídeo, a socialite alega ser criticada por não ter os olhos azuis. Em seguida, ela atacou a menina de 4 anos, chamando-a de "macaca" e dizendo que a herdeira de Gagliasso tem o cabelo "horrível" e de "pica de palha". No "Fantástico", Ewbank afirmou que não esperava passar por isso quando adotou Títi: "Estávamos despreparados pro que vinha. A gente se sente meio que correndo contra o tempo para conseguir as ferramentas para criar a nossa filha negra num país racista".
Esta é a terceira vez que Títi sofre ataques racistas. Da primeira vez, uma menor de idade declarou que o casal não deveria ter adotado uma criança africana. No episódio seguinte, o crime foi praticado por um internauta que já havia atacado outras famosas. Após ser ouvida no consulado americano – Day McCarty reside nos Estados Unidos –, a socialite foi indiciada por crime de injúria racial. Bruno Gagliasso se preocupa com o dia em que terá que conversar sobre racismo com Títi. "Hoje ela não sabe, mas quando tiver mais idade vai entrar na internet e vai saber. É um assunto que vai vir à tona e eu preciso estar preparado pra isso. Nunca de fato vou sentir na pele o que é o racismo, mas minha filha é negra", declarou Bruno, que prestou queixa contra Day no dia seguinte ao ataque.
Giovanna Ewbank já havia declarado que mudou sua visão sobre o racismo após a adoção de Títi. Hoje, a apresentadora se questiona por ter demorado tanto a perceber este problema tão comum no Brasil. "São coisas que eu nunca enxerguei e estou enxergando agora. Como eu com 31 anos começo a enxergar só agora questões como essas?", perguntou. O assunto fez Bruno Gagliasso fazer uma retrospectiva: "Por que eu não ajudei? Por que eu não fiz nada antes? Por que eu deixei passar algumas coisas? Isso é muito forte na minha vida hoje".