Cada vez mais engajada em pautas relacionadas ao feminismo, Bruna Marquezine se uniu à campanha feita por diversas artistas nas redes sociais após uma série de denúncias feitas por mais de 300 mulheres contra o líder religioso João de Deus. O médium é acusado de abuso sexual por mulheres de, pelo menos 12 unidades da federação. "A maior quebra de silêncio da história. Até hoje, 330 mulheres se uniram para denunciar o mesmo homem. Por assédio, estupro, pedofilia, incesto praticados há décadas. Décadas em que cada uma delas silenciou, foi desacreditada ou ameaçada de morte. Estas 330 mulheres não são loucas, mentirosas, invejosas. Elas são vítimas. Vítimas de um homem poderoso que usa Deus como sobrenome. Elas são vítimas de séculos de silenciamento. Mas o tempo das mulheres chegou. Empoderadas por todas as denúncias que vieram antes, no Brasil e no mundo, elas decidiram se unir e falar. É hora de investigar e punir quem tiver que ser punido. É hora de justiça. Parabéns pela coragem de todas as mulheres envolvidas nesta histórica quebra de silêncio. Nós estamos com vocês", escreveu. Mais cedo, a mensagem foi postada por Marina Ruy Barbosa em sua conta na mesma rede social.
Quem também se posicionou na web foi Xuxa Meneghel: em vídeo a apresentadora - elogiada em foto de look por Angélica - lamentou ter passado aos fãs uma boa imagem de João. "Quero dizer pra vocês que eu o conheci, fui lá fazer uma gravação - que não foi ao ar na Rede Globo. Conheci e tive um carinho muito especial por ele. Gostei daquela pessoa que eu conheci lá. Infelizmente eu me enganei, e me enganei feio. Então eu tô vindo aqui pra pedir desculpa a vocês. Já divulguei o documentário dele, falei que era uma pessoa legal e tudo. Me sinto na obrigação de dizer a todos vocês que eu tô até um pouco envergonhada com tudo isso", admitiu a namorada de Juno Andrade, com quem curtiu evento beneficente no fim de novembro. Ela ainda estimulou que outras mulheres vítimas de abuso tornassem públicos os casos. "Queria que vocês entendessem que essas pessoas não falaram no passado por vergonha, por medo, querendo esquecer tudo isso. Mas quero dizer a todas vocês, mulheres, que passaram por isso, que eu tô com vocês, tá. Sinto muito, muito mesmo, muito, de verdade. Denunciem pessoas como essa e outras que têm que pagar por isso", opinou.
Também indignada com a violência sofrida pelas vítimas, Camila Pitanga afirmou, em seu Instagram, ter ido à Abadiânia, cidade no interior de Goiás onde eram realizadas as consultas espirituais. "Nos últimos anos frequentei a casa e, mesmo não tendo nada de negativo para relatar, não vou negar que o caso me choca com o crescente número de acusações. Como mulher, desejo que as investigações não cessem e contribuam para o fim de casos como este. Queria deixar minha solidariedade às mulheres que, corajosas, trouxeram à luz esses acontecimentos inadmissíveis. Vocês não estão sozinhas. Com todo o meu amor", afirmou a atriz, ativa na luta pela igualdade de gênero.
Fernanda Lima, por sua vez, postou uma ilustração da mineira Thereza Nardelli. "Quando uma mulher rompe o silêncio e denuncia uma agressão, a primeira reação desse sistema de opressão é questionar a vítima e nunca o agressor. Por isso, precisamos segurar a mão uma das outras e nos apoiar. Juntas, vamos denunciar, exigir justiça e assim sabotar as engrenagens do sistema de opressão machista e misógino", escreveu a apresentadora do "Amor e Sexo", atração que gerou o debate sobre pautas relacionadas a minorias.
(Por Marilise Gomes)