Bruna Marquezine usou seu perfil do Stories do Instagram nesta sexta-feira (18) para compartilhar com seus fãs trechos de sua entrevista para a "GQ" de Portugal, revista que a premiou como It Girl do ano em 2018. Em trechos divulgados, a atriz comentou sobre falta de amor próprio, política nas redes sociais e também sobre o fim da relação com Neymar, com quem não pensa em reatar namoro. Além disso, ela avaliou o rótulo de sex symbol e revelou já ter sofrido assédio em ambiente de trabalho. "Quantas coisas eu tinha deixado passar e quanto essas coisas me feriram, sem que eu percebesse. Principalmente neste meio. Num set de gravação, normalmente a maioria dos profissionais são homens, então eu já me senti muitas vezes assediada sem perceber. Houve coisas que já me traumatizaram e hoje eu sei que é assédio", disse.
No ranking como uma das mulheres mais sexy do ano passado, a artista disse o título de sex symbol é "engraçado" e que não se vê dessa forma. "Eu acho forte. Até porque não é um título que eu escolhi ou que eu busquei. Foi algo que surgiu naturalmente, e é um olhar externo, não é o meu olhar. Não me sinto obrigada a manter essa imagem de sex symbol, até porque eu não me considero um. Eu acho que toda a mulher tem um lado sensual, e que pode ser explorado de diversas maneiras, e é óbvio que eu exploro o meu quando eu desejo, e gosto de ter esse lado sensual, mas eu não acho que eu seja só isso. Eu sou muito além disso. Essa é uma parcela muito pequena minha, mas que eu gosto e valorizo, principalmente no meu trabalho, e gosto de usar nos momentos em que faz sentido", explicou.
A carioca também recordou seu discurso no qual admitiu aos seguidores do Instagram já ter sofrido com depressão por distúrbio de imagem. Na conversa, ela ainda analisou a postura de algumas mulheres jovens que cometem atos apenas para agradar homens e que acham o controle masculino uma expressão de amor. "Eu tento ser um exemplo bom, porque eu entendo que há uma repercussão grande e que gera nas meninas que me acompanham algo muito poderoso. Eu acho que a melhor maneira de eu ajudar é dividindo as minhas experiências, demonstrando as minhas fraquezas. Uma figura perfeita, forte, sempre bonita, sem problemas não ajuda ninguém em nada, e atrapalha. Eu já sofri muito por falta de amor próprio, autoestima baixa, e tudo isso por causa de uma comparação que eu fazia, porque eu me comparava com outras pessoas. Mesmo fazendo parte desse meio e sabendo que 90 % da beleza que a gente vê sai com a água e sabão, eu me comparava e sofria muito", relembrou.
Separada de Neymar desde outubro do ano passado, Bruna, que teve aparência comparada à de outras famosas neste verão, sente o machismo e o preconceito por atrelarem seu sucesso por conta do namoro vivido com o atacante do PSG. "Acho que o mundo é muito machista ainda. Existe uma coisa que eu acho muito curiosa: as pessoas que fazem esse tipo de comentários são pessoas que normalmente querem justificar a incapacidade delas, de não terem conseguido conquistar o que desejam, desmerecendo os outros. E isso pode ser feito através de um comentário machista, dizendo que o sucesso de uma mulher vem de um relacionamento com um homem famoso, ou de várias outras formas, porque você conhece as pessoas certas, ou porque é amigo de tal pessoa, mas nunca pelo seu talento ou mérito", disparou.
(Por Rahabe Barros)