Os fãs da atriz Bianca Bin podem preparar o coração, pois a artista vai sofrer bastante na pele de Clara, protagonista da novela "O Outro Lado do Paraíso". Na trama que também mostrará o drama de Ester (Juliana Caldas), rejeitada pela mãe por ter nanismo, Calara, uma professora doce e romântica será vítima de violência psicológica por parte do marido, Gael, interpretado por Sergio Guizé. Ao Purepeople, a atriz falou dos desafios de fazer este trabalho. "É profundo viver uma mulher que é agredida, mas ao mesmo tempo, eu sei que é importante por conta da função social da novela. Me sinto honrada por contar a história das mulheres que são vítimas desses homens. Tantas que já até morreram. É um tema que mexe comigo e que é distante da minha realidade. É difícil distanciar a Bianca feminista, da Clara, a menina ingênua".
Em outro momento da entrevista, a artista que passou uma temporada na Argentina para acompanhar o marido, revelou que já viveu uma situação de agressão em sua família. "Tive histórico de violência doméstica na família, mas não na minha casa, graças a Deus. Pra você ter uma ideia, eu não conseguia ver imagens desse tipo de violência. Uma vez eu gravei uma cena de violência e no dia seguinte não consegui comer carne. É muito difícil isso pra mim".
Sem medo de rótulos, Bianca, já elogiada pelo colega de profissão Rainer Cadete, explica que já foi chamada de feminista radical: "A mulher nunca tem que se ofuscar em prol do amor. A mulher que está em um relacionamento abusivo não percebe isso. Eu sou muitas vezes chamada de feminista radical. Mas não me importo com isso. Porque radical me lembra raiz e temos que mexer na raiz do problema".
Um outro drama na novela será protagonizado por Sophia, vivida por Marieta Severo. Bastante cruel, ela terá uma péssima relação com a filha caçula por ela ter nanismo. "A pergunta vai ser: que mulher é essa?. É muito importante a gente falar deste tema, do nanismo. Li muita coisa, pesquisei muito e vi que esta situação é real. Tem muita gente, muita mãe, que rejeita o filho, sim. É muito triste".
(Por Carmen Lúcia)