O "BBB 22" tem, pela primeira vez na história do programa, uma participante que se identifica como travesti. E, neste sábado (29), data que marca o Dia da Visibilidade Trans, a participação de Linn da Quebrada não poderia ser mais celebrada.
A atriz e cantora, que chegou a fazer um discurso emocionante quando se apresentou aos brothers, já trouxe, em pouco mais de uma semana de confinamento, tantas reflexões e debates na casa mais vigiada do país que a equipe do Purepeople decidiu listar os momentos em que o público mais pôde aprender com a Lina. Veja abaixo!
E, falando na apresentação da artista, vale lembrar que, antes mesmo de Linn entrar no programa, ela deixava claro que se identificava como uma travesti, não como uma mulher trans - essa segunda definição, vale lembrar, é a usada por Ariadna Arantes, ex-"BBB 11" e ex-"No Limite".
A principal diferença entre os dois termos é o fato de que a expressão "mulher trans" faz parte da dicotomia de gênero, estando incluída dentro do arcabouço feminino. Já o termo "travesti", não. É por isso que Linn explicou: "não sou homem nem mulher, sou travesti".
Mais tarde, após sofrer com participantes que a chamavam com pronomes masculinos, além de ter sido requisitada por Rodrigo para explicar por que o termo "traveco" seria ofensivo e inapropriado, Lina ganhou um destaque maior no programa.
Tadeu Schmidt, novo apresentador do reality, pediu para que a sister explicasse, ao vivo, o motivo por trás da tatuagem que tem na testa - a palavra "ela" acima da sobrancelha.
De modo didático, prático e rápido, sem rodeios, Linn explicou que fez o desenho por causa da própria mãe. "No começo da minha transição, ela ainda errava e me tratava e me chamava pelo pronome masculino. Daí eu falei 'mãe, vou tatuar ela aqui na minha testa para ver se não erra'", recordou.
A atitude de Tadeu, ao dar um espaço para Lina naquele ponto do programa, foi elogiada pelos internautas.
Em um momento de desabafo e descontração, em conversa com os outros brothers no jardim, Linn da Quebrada lembrou o momento em que a mãe passou a vê-la de modo diferente, passando a aceitá-la do jeito que ela era.
Lina explicou que a transição de uma pessoa não acontece exclusivamente no indivíduo, mas também em todos aqueles que o rodeiam, em especial a família. "É muito lindo ver ela se transformando comigo. Quando uma pessoa transaciona, todo um grupo também muda", afirmou.
Outro ponto que Linn trouxe para discussão no confinamento foi a falta de representatividade de minorias em produções de grande público, o que acaba afetando a noção social do que é o amor.
"O amor como a gente conhece é algo supernovo, induzido pelas novelas e tudo mais. Se a gente não discute o amor, ele continua nesse terreno do intocável (...) A gente não percebe que alguns corpos são muito mais amados que outros. Porque só somos estimulados a amar alguns corpos muito mais do que corpos gordos, negros, trans, de pessoas com deficiência. A gente não vê essas pessoas protagonizando filmes que falam sobre amor, vemos?", disse.
Você assistiu algum desses momentos? Qual mais te emocionou? No Purepeople, você fica por dentro de todas as novidades do "BBB 22" em nosso canal especial sobre o reality!