O batom vermelho é um dos itens mais clássicos da maquiagem (e da moda). Atemporal, nosso velho guerreiro tem o poder de deixar muito mais incrível um look que poderia ser bem basiquinho. Além disso, o item é um ótimo truque para disfarçar aquele rosto cansado depois de uma noite mal dormida. A gente já tinha falado por aqui que o batom vermelho ressurgiu com força total nas passarelas das semanas de moda internacionais. No São Paulo Fashion Week não foi diferente. Além de o tom estar em alta nos looks desfilados, ele apareceu diversas vezes também na maquiagem. Os tons quentes na maquiagem são tendência também para a pele. Na boca a trend vem ainda mais quente.
Não foram poucas as marcas que apostaram em outra das trends mais quentes da temporada, a "make nada", porém, arrematada por um belo bocão vermelho. A estreante Modem foi uma das marcas que optaram por deixar os lábios em destaque, mantendo a pele com aquele glow perfeito e deixando o batom brilhar. A LED combinou o tom ao resto do look e a Água de Côco, que homenageou a Disney na passarela, usou o recurso para trazer mais vida à produções menos coloridas.
Democrática, a trend fica bonita em qualquer mulher (qualquer mesmo!) e tem cores para combinar com todos os tons de pele. Além disso, funciona como um acessório statement quando a produção não tem lá muitos atrativos. A forma mais clássica de se usar um batom vermelho na maquiagem é deixar o foco do rosto nele, cobrindo apenas imperfeições leves e realçando alguns pontos fortes (como os cílios, por exemplo). Menos básica, a Two Denin apostou numa make mais carregada, com direito ao chamado "blush cartão", aquele bem marcado, dos anos 80, e muito brilho na maquiagem.
O projeto Top 5, uma parceria do São Paulo Fashion Week com o Sebrae, leva novos talentos de todos os cantos do país para a maior semana de moda do país e tem foco em uma cadeia produtiva sustentável para pensar o futuro da moda. Nesta edição a mineira LED, do designer Célio Dias, se destacou pela proposta sem gênero e sustentável que sua grife propõe. "O desfile trouxe o nordeste como inspiração e teve o objetivo de falar de representatividade e desmistificar a figura do 'cabra macho'", conta Célio. A marca, que nasceu sem gênero ("um assunto já ultrapassado", acredita Célio) trabalha com cores vibrantes desde o início e, segundo Célio, busca traçar um mix de tecnologia com artesanato, sobretudo com o crochê. "Entendo que consegui dar uma cara contemporânea para esse trabalho que, muitas vezes, é considerado vintage. Célio, que se destacou na semana de moda também por usar uma t-shirt com o dizer "Ele não" para sua entrada final na passarela, conta que o posicionamento "em prol da humanidade e da empatia", está no DNA da marca que consegue crescer levantando essa bandeira. "Não é simplesmente uma questão política, mas humana", diz. Em alta nesta temporada, o crochê também apareceu na coleção da designer Karine Fouvry, que apostou em um desfile todo artesanal com looks em off white que remetem, também, ao nordeste e, sobretudo, à contribuição africana na cultura nordestina.