Mariah de Moraes está ansiosa para o retorno da novela "Floribella ", trama na qual viveu a rebelde Bruna, única irmã de Fred (Roger Gobeth). Exibida entre 2005 a 2006, o folhetim baseado em original argentino volta ao ar na Band nesta noite (15) na faixa das 20h25. Ao Purepeople, a atriz de 30 anos recorda a importância deste trabalho para a sua carreira. "Foi a primeira novela que eu fiz (aos 14), tinha feito muitos trabalhos antes, muita publicidade e participações. Foi um trabalho intenso porque a gente gravava à noite e eu estudava. E isso era todo dia", relembra. "Mas também foi importante para eu saber como funcionava uma rotina de gravações. E com isso o elenco formou uma família", acrescenta.
E Mariah exemplifica: "Em véspera de provas, o Roger, que se formou em Arquitetura, me ajudava a estudar matemática. A gente tinha uma ambiente muito bom". Mãe de João Pedro, de 10 anos, a atriz conta que quer que o menino conheça a história. "Ele viu pouca coisa, porém está agora em uma vibe mais de video-game, mas quero mostrar para ele a novela. É o único trabalho meu que ele pode ver por ser mais apropriado para a idade dele", explica. "A maioria dos meus outros trabalhos tem um conteúdo que ele não pode ver. Vou apresentar, mas sem forçar, que ele fique à vontade para ver ou não. Acho difícil não gostar, porque foi muito feito para criança", completa.
Com outros papéis no currículo como a Chiara de "Malhação" (2007), a Helena de "Pecado Mortal" (2013) e a Irmã Camila de "Deus Salve o Rei" (2018), a atriz garante que controla o que João tem acesso e que não dispensa os programas a dois com o menino. "Controlo total a quantidade de horas que ele joga, o que pode ter acesso ou não. A gente gosta de programas ao ar livre, jogar bola, ir na cachoeira, praia, parques, cinema", enumera a ruiva, que assegura ainda estar cumprindo de maneira rigorosa o isolamento imposto pelo novo coronavírus. A pandemia, aliás, paralisou as gravações de um filme da qual faz parte e os trabalhos ainda não têm previsão de serem retomados.
Com o anúncio da reapresentação de "Floribella", Mariah passou a ser procurada na web por fãs do folhetim ansiosos para reverem a história de Maria Flor e Fred. "A trama foi exibida em uma época em que a gente não tinha rede social, era outra realidade. Acredito que agora vamos viver outra experiência com essa reprise porque é mais fácil das pessoas acharem a gente (na web), terem contato. Lembro que na época, sempre que a gente chegava tinha uma multidão nos esperando na porta dos estúdios com aquelas cartas quilométricas. Não sei se hoje em dia as pessoas ainda fazem. Era muito legal e o público, fiel, de crianças e adolescentes. Até hoje recebo mensagens dos fãs e as pessoas estão loucas 'ah, vai reprisar Floribella'. É gratificante ter feito um trabalho que marcou tanta gente, uma geração", frisa.
E a artista conta como vem sendo essa expectativa dos "pipoquinhos". "Tem muita gente me procurando, mandando mensagem no Instagram. Vários fãs-clubes ativos no Instagram começaram quando a novela passou a ser reprisada no Netflix. Já teve esse movimento há um tempo atrás. Mas acho que agora na TV aberta vai ser maior esse movimento. Os fãs perguntam se a gente está animado com a reprise...", detalha. E assegura que mantém contato com boa parte do elenco atualmente. "Fiz novelas com o Roger, com o Johnny (Massaro, o JP), ano passado fui no Rock in Rio com a Juliana (Silveira), que também é minha amiga, troco muita experiência de maternidade com a Maria Carolina (Ribeiro, a Delfina). Mas no sentido de ser mais próximo é o Johnny, que virou meu irmão. E o João Vithor (Oliveira, o Joca) também", afirma.
E ao relembrar Bruna, Mariah mostra gratidão pela sua personagem na trama infanto-juvenil. "Ela tinha personalidade muito forte. Ela me permitia na idade que tinha muitas oportunidades cênicas, cenas muito bem construídas, corajosas. Ela era ousada, corajosa, muito rica artisticamente. Era muito prazeroso por isso", enumera, apontando pontos em comum entre as duas. "Eu tinha aquele universo de só ter irmãos. Tenho dois irmãos mais velhos e por parte de mãe, só primos. E a Bruna é a única irmã na família. Tem aquela coisa dos irmãos quererem superproteger, de encher o saco. Essas coisas eram parecidas", finaliza.
(por Guilherme Guidorizzi)