Eduardo Coutinho foi sepultado nesta segunda-feira (03) no cemitério São João Batista, em Botafogo, no Rio. O cineasta foi homenageado por centenas de pessoas, entre cineastas, diretores atores e personagens de seus documentários. Mais de dez minutos de aplausos marcaram o momento do enterro de um dos maiores nomes do cinema nacional.
Luis Carlos Barreto prestou sua homenagem na despedida de Coutinho, com quem manteve uma amizade de mais de 50 anos. O ator Antônio Pitanga também compareceu à cerimônia, assim como Lázaro Ramos, Otávio Augusto e Tonico Pereira. A atriz Bel Kutner acompanhou o pai, Paulo José. A presidenta Dilma Rousseff lamentou a morte do cineasta e prestou homenagens em sua conta oficial no twitter.
O documentarista Eduardo Coutinho foi morto a facadas em sua casa na Lagoa na manhã deste domingo (02). Segundo o delegado Rivaldo Barbosa, titular da Delegacia de Homicídios que investiga o caso, o principal suspeito do crime é o filho, Daniel Coutinho, de 41 anos, que teria cometido o crime num surto psicótico. A esposa do cineasta, Maria das Dores Coutinho também foi ferida com cinco facadas e segue internada em estado grave. O suspeito do crime também está internado e será ouvido por um psicólogo da polícia. O filho mais novo do cineasta também deve prestar depoimento para fornecer informações sobre o estado mental do irmão.
Eduardo Coutinho morreu aos 81 anos e é considerado um dos documentaristas mais importantes do Brasil. O cineasta recebeu o Kikito de Cristal, principal premiação do cinema no país, em 2007 pelo conjunto da obra. Em junho de 2013, Coutinho foi convidado a integrar a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, responsável pela premiação do Oscar.
Ao longo da carreira, Coutinho dirigiu 20 filmes, entre longas e curtas-metragens, como "As Canções" (2011), seu último filme lançado e que aborda a relação das pessoas com a música, "Um Dia na Vida" (2010), "Moscou" (2009), "Jogo de Cena" (2007), "O Fim e o Princípio" (2006), "Peões" (2004), "Edifício Master" (2002", "Porrada" (2000), "Babilônia 2000" (1999), "Santo Forte" (1999), "Boca de Lixo" (1993), "O Fio da Memória" (1991), "Santa Marta" (1987), "Cabra Marcado Para Morrer" (1985), entre outras obras.