Anitta lançou no último dia 18 o clipe "Vai Malandra" e agitou a web ao mostrar o bumbum com celulite nos primeiros minutos do vídeo. E, diante de uma discussão sobre uma suposta objetificação do corpo feminino, negada pela artista, o videoclipe ganhou repercussão do jornal inglês "The Guardian" nesta sexta-feira (22). "O novo trabalho da sensação do pop brasileiro Anitta começou (o clipe) com um close de seu bumbum antes de passar pelas ruas da favela carioca e mostrar a estrela dançando com um biquíni minúsculo em um telhado inundado", escreveu a publicação.
O jornal lembra ainda a escalação, posteriormente rescindida pela cantora, dirigido pelo fotógrafo americano Terry Richardson diante das acusações de modelos a ele por assédio sexual. "E enquanto a cantora ganhou aplausos de algumas feministas por que o vídeo tinha takes de sua celulite, ela enfrentou ataques por ter contratado Terry Richardson para dirigir o vídeo - mesmo que o fotógrafo fashion tenha sido colocado na lista negra da Vogue depois de repetidas alegações de comportamento sexual inadequado no trabalho", afirmou o veículo.
No novo trabalho da carioca, chamada de "bombshell" pela imprensa internacional quando as primeiras imagens do clipe foram divulgadas, também foi destacado pelo figurino usado. "Brasileiros se mostraram tranquilos com as imagens altamente sexuais usadas no clipe, nas quais Anitta usa um biquíni feito de fita isolante, um truque feito na favela para deixar a marca de bronzeado perfeita", dizia a publicação. Além de trazer reflexões de pesquisadores e universitários sobre a obra, o texto também citou a origem humilde de Anitta, nascida em Honório Gurgel. "Muitos viram o uso da favela no vídeo como uma celebração daqueles marginalizados, das comunidades de baixa renda e notaram que Anitta cresceu em uma das região mais pobres da cidade", listou.
(Por Marilise Gomes)